Walter Cajazeira

Preço da Verdade
                                                          a propósito do falado confinamento de D. Helder 
 
Querem-no longe,
distante,
onde não haja ninguém:
numa floresta qualquer,
onde se anule de todo,
onde a voz não tenha eco,
no horror da solidão;
em companhia dos sapos,
no paraíso das cobras...
Seu crime:
A pregação da verdade,
ver o próximo feliz,
todos,
todos com direito à vida
que Deus criou para todos
que somos filhos de Deus!

— Como no tempo dos Césares,
os seguidores do Cristo
agora sofrem também.

 
                                                                     
Remetente: Walter Cid

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 Página editada  por  Alisson de Castro,  Jornal de Poesia,  28  de  Maio  de  1998