Quando passo nas ruas da Cidade
E vejo-as atulhadas de mendigos,
Sinto, às vezes, horror da humanidade
Ôca de nobres corações amigos...
Deslembrados de Deus, na falsidade
De vida regalada e afins perigos,
A tantos não acode a brevidade
Dos prazeres num mundo de jazigos...
— Pois, lá no tribunal da Providência,
Vão saber dos pecados cometidos,
Em face da Justiça que não falha!
Sendo tarde demais para clemência
Aos infernos se vão de apodrecidos
Porque somente aos bons Deus agasalha. |