Walter Cajazeira

Eles Vivem da Guerra...
                                                          
                                  
Eles vivem da guerra,
eles não querem a paz:
os homens crus,
os maus,
os insensatos.
Suas fábricas
— as da morte —
não podem parar.
Que importa
— a eles —
o sangue de vietcongues,
de tchecos,
de ibus,
de nigerianos...
Se a imolação dos fracos
é adubo de suas riquezas;
se o genocídio
dos mais pequenos
é salutar às suas ambições
desenfreadas...

Eles fazem a guerra,
mas não vão aos campos de batalha.
— Só por isso eles vivem da guerra.

 
                                                                     
Remetente: Walter Cid

[ ÍNDICE DO AUTOR ][ PÁGINA PRINCIPAL ]
 
 
 
 
 Página editada  por  Alisson de Castro,  Jornal de Poesia,  28  de  Maio  de  1998