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Wolney Mororó
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Biografia & noticias
  1. Uma rápida notícia


Poesia

  1. Embarcação  
  2. Vida 
  3. Tríduo sem-fim 
  4. Trbuto ao Pátio de São Pedro 
  5. Cabrália
  6. De Cabral a Cabral
  7. Ave-mulher

 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 

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Wolney Mororó
        COELHO MORORÓ, Wolney Junior nascido a 03/09/1964 no Hospital Regional  de Floresta-PE,  “terra dos tamarindos”. Residiu nos primeiros anos de vida em Cabrobó-PE , tendo se transferido para Petrolina-PE, no início da década de 70, de onde saiu, aos 17 para estudar na capital do Estado, depois de muita traquinagem vividas nas correntezas do Rio São Francisco. Voltaria a Wolney, 2001morar mais três vezes na Petrolina, “encruzilhada do progresso”, num misto de saudades das raízes e conflito vocacional. Naquelas plagas foi auxiliar de contabilidade, bancário, conciliador bancário e administrador de lavouras. 

        Estudou nos colégios Instituto São José, Escola Dom Malan, Colégio Dom Bosco (Petrolina) e Colégio Vera Cruz (Recife-79/80). Cursou Direito na Universidade Federal de Pernambuco, onde se especializa atualmente em direito administrativo. Foi funcionário da empresa pública que cuida dos transportes urbanos estaduais, trabalhou em assessoramento parlamentar, na Assembléia Legislativa do Estado de Pernambuco e atualmente desempenha a função de analista judiciário no Tribunal Regional Federal-5ª REGIÃO, sediado em Recife-PE, sempre submetido a concurso público. 

        Teve alguns poemas publicados numa coletânea, por ocasião da I Mostra de Arte do TRF. Enamorou-se de Maria Idalina Cruz Angelim, com quem teve um filho no ano da graça de 1990, Lívio Angelim Mororó, este iniciado na poesia aos seis anos de idade, com plaquete publicada aos nove anos. Filho do fazendário Wolney Coelho Mororó e da professora Noemia Cavalcanti Ramos Coelho, duma prole de oito filhos, sendo sete homens e uma mulher. 

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Wolney Mororó
EMBARCAÇÕES
Lancei-me jangada ao mar 
Como se todo prazer que houvesse 
Ali estivesse presente 

Lancei-me pequena embarcação 
De madeira leve e resistente 

Nesse vento que me leva 
Nesse vento que me traz 
Leva a jangada ao poente 
Traz a jangada ao nascente 
Mas não leva ao porto, cais 

Lancei-me barquinho de papel 
Em busca de grande paixão 
Os mares oferecidos 
Esquecidos sem razão 

Lancei-me canoa errante 
Sem rota, a deslizar 
Nas correntezas gigantes 
Sem medo de naufragar 

Nesse vento que me leva 
Nesse vento que me traz 
Leva o barquinho ao poente 
Traz, o barquinho ao nascente 
Só não leva ao porto, mais.

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Wolney Mororó
VIDA 

Viver, um desafio 
Ser feliz, a grande missão 
Amar deve ser o atalho 
Ser amado, a consagração.

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Wolney Mororó
TRÍDUO SEM-FIM 

Quando em mim acabar o carnaval 
Terá sido teu bloco que já não mais saiu 
Quando a minha explosão te atingir 
Os clarins anunciarão o meu tríduo sem-fim.

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Wolney Mororó
TRIBUTO AO PÁTIO DE SÃO PEDRO 

Recanto sagrado, folclore 
Refúgio boêmio, profano 
Rasgado frevo, pulado 
Recife mendigo, insano 

Rajadas de fogos juninos 
Rebentam a lua em pedaços 
Remontam ao tempo menino 
Refazem-se, nas mesas, regatos 

Remoto modelo mercante 
Recortes do antigo jornal 
Revivendo o velho Aroeira 
Renitente do carnaval 

Regai, Pedro, o pátio jardim 
Respingos de pura alegria 
Rebento de música e poesia 
Regai com uma chuva sem fim.

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Wolney Mororó
CABRÁLIA 

É brando o sol de Cabrália 
Que outrora dourava a pele 
E antes que a noite se revele 
A tarde se nos mostra falha 

Já foi forte o sol do Recife 
De raios, são apenas migalhas 
Mudou a natureza, triste? 
Ou mudou-se o sol de Cabrália? 

De saudade  o neo sentimento 
Sendo que fora estação contento 
Ver o dia já não claro tanto 

Do criador impressionista pintura 
Pois,  tornou-se pretérita gravura 
Presente cor de nostalgia e pranto.

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Wolney Mororó
DE CABRAL A CABRAL 

                          A João Cabral de Melo Neto 

Por tantos mares Cabral 
Um tanto quanto sozinho 
Procura novos caminhos 
Vagando em sua nau 

Por outros mundos sem sal 
Navega em calmaria 
De velas feito poesia 
Um brigadeiro Cabral 

Negando-lhes reverencia 
A natureza  desafia 
Lançando-os em mar-de-além 

Decerto a contingência 
Nas duas almas havia 
Por descobridores também.

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Wolney Mororó
 AVE-MULHER 

                              (8 de março de todos os dias) 

Ave-Graça! Formosa mulher 
Dos sonhos vividos 
Em mares de além 
De amores perdidos 
Do mal-me-quer bem 

Ave-Rosa! Aroma mulher 
Do cheiro suave 
Do ritmo no pé 
De cordas agudas 
Da força e da fé 

Ave-Da-Paz! Bendita mulher 
Bandeira da vida 
De luta e glamour 
Soldado aguerrida 
No prazer e na dor 

Ave-Maria! À toda e qualquer 
A que me dá saudades 
A que bem não me quer 
Ao desejo que invade 
Por teu beijo, mulher! 

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