Walter Queiroz


Retalhos de Hoje

Na confluência das horas germinarão as manhãs no esquecimento das cores gestando flores letais as margaridas sangrando no tombamento dos corpos arribação dos canteiros habitação nos fuzis eu sei de loucas bandeiras subindo o mastro dos sonhos como notícias estampadas informando os alumínios quando as crianças passaram louvando a festa do sol eis que o olhar tão ferido nem soube do feito azul nem houve tato ao formato da nave antiga em regresso as impressões marinheiras no baile branco das velas pediu entrada na roda para brincar de inventor em silente artesanato dos ritos para o encontro porém a mão estendida girou no ar (só... sobrou) os gestos estão cravados nos quinhões já repartidos na confluência das horas correm sonoras de fogo no pavilhão indefeso bandeiras de ocupação com notícias estampadas faca/navalha/cinzel hábeis de corte fundando trabalho de sangue novo a cruz gravada no peito tem raiz no coração nos braços um gesto abraço preparando a comunhão junto os retalhos de hoje e não direi da esperança tornar bandeiras de fogo em estandartes de paz


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