Ontem clamei pelos mortos.
Hoje choro lágrimas de seda e sal.
Amanhã
A língua da morte lamberá
o creme dos vermes
Delícia da podridão
da minha crne.
Impassíveis
Meus olhos fotografarão dentes
de porcelana
Sorriso a cintilar na boca imorredoura da noite.
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