São sete da manhã,
no trem vou embarcar,
e, infelizmente,
para longe de você vou viajar...
Você preparou meu café,
acompanhado de um pão e um pedaço de queijo,
e às sete e meia desejando-me boa sorte,
você, me deu um beijo.
E as rodas do trem,
agora fazem barulho insuportável,
penso isso porque podia estar aí,
perto de seu assobio aconchegante, amável...
Mesmo antes do riacho passar
minha carta a você vou escrever,
remetente? Não vou colocar,
tenho medo do carteiro me devolver.
E espero uma resposta bem bonita,
como sua boca sorridente,
que chegue amanhã... depois ou depois,
esperarei, eternamente...
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