Yasmin Chalfoun Pomárico de Souza

Eternamente você...
 

 São sete da manhã,
 no trem vou embarcar,
 e, infelizmente,
 para longe de você vou viajar...

 Você preparou meu café,
 acompanhado de um pão e um pedaço de queijo,
 e às sete e meia desejando-me boa sorte,
 você, me deu um beijo.

 E as rodas do trem,
 agora fazem barulho insuportável,
 penso isso porque podia estar aí,
 perto de seu assobio aconchegante, amável...

 Mesmo antes do riacho passar
 minha carta a você vou escrever,
 remetente? Não vou colocar,
 tenho medo do carteiro me devolver.

 E espero uma resposta bem bonita,
 como sua boca sorridente,
 que chegue amanhã... depois ou depois,
 esperarei, eternamente...