Em frente à minha casa tem um pequeno jardim de rosas;
é o jardim da casa, mas antes o jardim de meu velho pai,
e sendo dele, porque ele o fez com zelo,
tem em cada flor a nostalgia de suas mãos de pai e de artesão.
No que me cabe é meu, por ser da casa,
que por ser minha na circunstância casual da posse e da
ansiedade,
me deixa estar ali sentado nessa varanda de luz, ocaso e generosidade
a ruminarmos juntos e desdentados
velho um, outro criança
a lembrança neutra de vegetais no vaso. |