Daniel Faria
Bio-bibliografia
Daniel Augusto da Cunha Faria, nasceu em Baltar a 10 de Abril de
1971.
No Jardim-de-infância Glória Leão iniciou a sua vida escolar.
Frequentou o ensino primário na Escola de Feira nº 2 (Calvário)
(1977/81) e o ciclo preparatório na escola, ao tempo, Preparatória
de Baltar (agora EB 2/3) (1981/83)
Após os primeiros encontros no pré-seminário (1982-83), entrou para
o Seminários do Bom Pastor (1983-86), de Vilar (1986-89) e Maior
(1989-94), tendo entre 1983-86, como os colegas do mesmo ano do
seminário, frequentado a Escola Secundária Rodrigues de Freitas.
Entrou logo depois para o Curso de Teologia na Universidade
Católica. Entre 1994 e 1998 licenciou-se em Estudos Portugueses na
Faculdade de Letras da Universidade do Porto, apresentando em 1996,
ao mesmo tempo que frequentava Letras, a Tese de Licenciatura em
Teologia, intitulada A Meditação da Paixão na poesia de Frei
Agostinho da Cruz, mais tarde editada com o título: A vida e
conversão de Frei Agostinho, entre a aprendizagem e o ensino da
Cruz.
Decidiu então optar pela vida monástica, sendo Postulante, no ano de
1997-98, no Mosteiro Beneditino de S. Bento da Vitória, e noviço, no
ano seguinte, no Mosteiro de Singeverga.
Muito cedo se revelou invulgarmente inteligente e sossegado. Nunca
desdisse essa imagem precoce de menino com os olhos muito claros, a
partir das primeiras letras passou a dedicar todo seu tempo à
leitura, sobretudo, à escrita.
A família relembra-o quase sempre a escrever.
Desde a primeira catequese manifestou o desejo de ser sacerdote.
A par da sua vida académica desenvolveu todo um trabalho de serviço
à comunidade, nomeadamente nas Paróquias do Marquês, no Porto e na
do Marco de Canaveses.
Cultivou a amizade com a doação pródiga de quem não conhece limites.
Com o tempo desdobrado em muitos afazeres, nunca mostrou ter pressa.
Por onde passou, professores, superiores e amigos unanimemente
testemunharam a aparente fragilidade da sua figura física a respirar
como um clarão. Inspirou cada instante como uma dádiva de Deus.
Fiel aos seus valores foi um filho dedicado, aluno aplicado e amigo
leal fazem dele uma referência e um exemplo a seguir.
Fez desenhos, colagens, mobiles, encadernação e encenação. Dirigiu
no Seminário Maior o Círculo de Leitura (s) (1989/93); ganhou vários
prémios literários e escolares, colaborou em diferentes revistas.
- Prémio Eng.ª Nuno Meireles (1990 – Uma cidade com muralha)
- Prémio Sebastião Salgado – (1991)
- Prémio D. António Ferreira Gomes (1992)
- Prémio Fundação Manuel Leão (1998 - Explicação da Árvores e de
Outros Animais)
- Prémio Teixeira de Pascoaes – (2004 – Poesia)
A sua obra literária e já publicada em alguns casos com reedições:
1991 - Uma cidade com Muralha
1992 – Oxálida
1993 – A Casa dos Ceifeiros
1998 – Explicação da Árvores e de Outros Animais (Prémio Fundação
Manuel Leão)
1988 – Homens que são como Lugares mal Situados
1999 – A vida e conversão de Frei Agostinho; entre a aprendizagem e
o ensino da Cruz
2000 – Dos Líquidos
2000 – Legenda para uma casa habitada
Em 2003 a Quasi Edições editou num só volume todos os livros de
Poesia: “Poesia – Daniel Faria”
Muitos dos seus poemas integram antologias de poesia, nomeadamente:
- A Poesia está na rua – 25º Aniversário do 25 de Abril. Organização
de Francisco Duarte Mangas. INATEL/Associação de Jornalistas e
Homens de Letras do Porto – 1999)
- Encontros de Talábriga – 1º Encontro Internacional de Poesia de
Aveiro. Coordenação de Egipto Gonçalves e Rosa Alice Branco, Aveiro.
Fundação João Jacinto de Magalhães, 1999.
- O Futuro em Anos-Luz – 100 anos, 100 poetas, 100 poemas. Selecção
e organização de Vítor Hugo Mãe. Porto 2001.Quasi Edições 2001.
- Anos 90 e Agora – Uma antologia da nova poesia portuguesa.
Selecção e organização de Jorge Reis – Sá. Famalicão. Quasi Edições
2001.
- Século de Ouro – Antologia Crítica da Poesia Portuguesa do Século
XX. Organização de Fernando Silvestre e Pedro Serra.
Braga/Coimbra/Lisboa. Angelus Novos e Cotovia. 2002.~
- Há no mundo inteiro, uma quando muito, rua difícil de encontrar –
Metáfora Viagem: palavras de poeta. Organização de Ana Castro e
Jorge Roque, Lisboa. IPBL. Dia Mundial da Poesia, 2003.
- A Alma não é Pequena – 100 poemas portugueses para SMS. Selecção e
organização de Vítor Hugo Mãe. Famalicão. Centro Atlântico 2003.
No quadro do lançamento da Anthologie de la jeune poésie portugaise,
editada pela Maison de la Poésie Rhône-Alpes, o Centro de Língua
Portuguesa do Instituto Camões na Universidade Lumiére Lyon 2
realizou no dia 23 de Abril de 2004 um encontro com os poetas Isabel
Cristina Pires e Fernando Pinto do Amaral. Além de Daniel Faria,
Francisco José Viegas, José Luís Peixoto e Pedro Mexia, são alguns
dos nomes que constam desta antologia e cujos poemas foram
traduzidos para Francês.
Para além de ter colaborado em diversas revistas, tais como:
- Limiar – Revista de Poesia, Porto, nº 11. 1999
- Hablar/Falar de Poesia – Badajoz/Lisboa, nº. 4, 2000.
- Cadernos – Centro Catecumenal Igreja do Porto, Porto. Ano I, nº 1,
2000
- Folhas Caídas – Porto, Biblioteca Municipal Almeida Garret,
Setembro 2003, Semanas 1-4.
- Apeadeiro – Revista de Atitudes Literárias. Famalicão, n.ºs 4 / 5,
2004.
- PRIMEIRA@PROVA – Revista electrónica de Línguas e Literaturas da
Faculdade de Letras do Porto.
- Sara Fazib – Revista electrónica
Considerado por alguns como um Poeta Maior da Língua Portuguesa e o
maior poeta místico português do século XX para outros, que o
colocam na linha de S. João da Cruz e de Santa Teresa do Menino
Jesus onde foi buscar referências bem como em alguns Poetas
Portugueses como Herberto Hélder; Sophia, Pessoa e Eugénio de
Andrade entre muitos outros, mas é sobretudo da Bíblia que lhe vem a
maior parte dessas referências.
A sua Tese de Licenciatura em Teologia – A vida e conversão de Frei
Agostinho; entre a aprendizagem e o ensino da Cruz – Editada pela
Faculdade de Teologia da Universidade Católica, está esgotada.
A Câmara Municipal de Penafiel, em Maio de 2004, instituiu um prémio
de Poesia com o seu nome destinado a jovens poetas até aos 35 anos.
A 9 de Junho de 1999, na sequência de uma queda doméstica, deixou de
respirar.
Para mais informação:
www.danielfaria.org ou em qualquer motor de busca – Google
ou Sapo por exemplo – procurar Daniel Faria
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