Vicente Franz Cecim
From: Vicente
Cecim
Subject: Re: A menina afegã
Francisco, não consegui
escrever uma linha sobre a Menina Afegã: aquela lâmina no olhar dela
cortou minha língua para sempre.
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Ivo Barroso
From: Ivo
Barroso
Subject: Re: Um ensaio sobre a menina
afegã.htm
Caro
Feitosa, Parabéns
e abraços do |
Ricardo Alfaya
From:
Ricardoalfaya@aol.com
Sent: Thursday, May 16, 2002 1:25 PM
Subject: Re: Um ensaio sobre a menina afegã
Prezado Soares, Olhei, reolhei, li, reli, fiquei muito impressionado. Você pegou a menina afegã, tirou do cruel deserto de lá e trouxe para a cruel seca de cá. Sim, há um gosto de dor e de morte. De corte da fotografia, acompanhado por uma ação paralela de corte de filme que acaba resultando também em corte do personagem em sua história. Você faz uma simbiose de narrativa com ensaio, em paralelo ao ensaio com história que há na foto. A foto conta uma história. E você conta uma história ao mesmo tempo contando a foto. A história é cortada, como a foto é cortada. São fragmentos, um jogo de calidoscópio. Um dos momentos mais impressionantes é quando você estabelece a comparação textual falando no fogo e a gente inclina a cabeça para o texto e sente uma espécie de brilho de fogo gélido, uma luz estranha que vem do olho da menina e atinge o canto do nosso olho, provocando uma sensação geral de estranheza, desencadeando uma certa indecisão. Afinal, ficamos no texto ou nos deixamos hipnotizar pelo olho de mar que nos espreita? Em resumo, mais do que uma simples leitura, diria que foi um contato, uma experiência. Uma experiência sensorial, afetando tanto a mente quanto o corpo. Ah, outro aspecto interessante é que você faz um movimento de câmera sobre a foto, subindo e descendo pelo rosto, transformando-o numa paisagem... árida, como árido é o deserto e o solo calcinado pela seca. Sina Severina, dessa afegã menina. |
João de Abreu Borges
From: João
de Abreu Borges
Sent: Friday, May 03, 2002 5:31 PM
Subject: Re: A menina afegã
olhos de encanto
enquanto calo
diante do desgosto
a menina sem pranto
molha o rosto
no solo
Cabelo castanho
nariz torto e estranho
enquanto choro
diante de tanto homem
não é menor a terra
e tanta fome
sem ouro
Meu amigo Soares: Desculpe a pretensão de tentar decodificar tanto susto e tanta fé simultâneas, neste pequeno retrato de uma criança. Mas foi isso que tentei fazer. E queria a tua aprovação para divulgar todos juntos: a foto, o poema e a tua solidariedade (além, é claro do belo susto de uma alma ainda feminina...). |
Weydson Barros Leal
From: weydson2@terra.com.br To: SF - Soares Feitosa, Jornal de Poesia
Sent:
Sunday, May 05, 2002 = 11:16 PM Subject: Um ensaio sobre a menina afegã Caro
poeta, belo texto. O Rosa tem primo, irmão. Tem equivalente. Poeta. Também. Abraço, eu mesmo (de longa ausência), Weydson PS. Esqueci de dizer. Seu texto sobre a menina, a cobra, a vida, é lindo. Declino sempre ante seus textos. Outro abraço, Weydson |
Gerana Damulakis
From: Gerana
Damulakis
Sent: Wednesday, May 08, 2002 9:26 AM
Subject: Re: A Pungente Crônica do Retrato da Menina Afegã
Feitosa: todo autor de sensibilidade deixa-se seduzir por um retrato para dele criar um texto. O seu foi magnífico. Tenho vontade de fazer cópias para que Luísa, minha filha, lembra?, leve para a escola e possam ler em classe. Preciso da autorização do autor. Parabéns pelo sentimento e pela arte dele advinda. Você é incrível! Beijos de Gerana
Gerana (e leitores), tire(m) as cópias, sim! Um abraço bem grande para a menina Luísa. Ah, Gerana, você nem sabe o tanto de saudades do meu lado baiano, acho que o maior. Beijos do SF. |
Micheliny Verunschk
From:
Micheliny
Verunschk
Sent: Tuesday, May 07, 2002 7:49 PM
Subject: A Menina Afegã
Onde você aprendeu a escrever assim?
Beijos
Micheliny
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Marília Gonçalves
From: Nadia
Mendes
Subject: Re: A menina afegã
Viva e reviva! Já que hoje é a segunda vez... Que texto e que imagem me mandou, meu amigo, que chego ao fim de escrever sobre, e continuo com tudo por dizer, é desses trabalhos que me parecem não vão acabar nunca. Soares, você não descobriu outra Mona Lisa? Que há no fundo tão no fundo que tudo o que disser fica à superfície e não se sabe como tratar o caso sempre vai o abraço a pedir desculpa se não consigo de todo chegar lá Marilia Gonçalves
Menina felino ferido se for preciso ataca com violência ou com mel com beijos ou com palavras que a menina tem na mão um olhar de gato bravo uma suspeita de medo um olhar de amargo travo nas dobras de que segredo menina que de menina não tem mais que a tenra idade menina que nem ladina menina que nem saudade menina, será menina ódio amor raiva ou loucura que esconde tua expressão sem pontear a ternura
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Ruy Espinheira Filho
From: Ruy
Espinheira Filho
To: Soares
Feitosa
Sent: Friday, May 03, 2002 12:32 PM
Subject: Menina
Grande Feitosa:
Uma beleza, o texto. Mande-me sempre dessas
coisas excelentes.
E no mais, quais as novidades?
Grande abraço do
Ruy.
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Manoel H. A. Sória
From: Manoel
Sent: Saturday, May 04, 2002 1:56
PM
Subject: Re: A menina afegã
Caro Soares, Hoje, recebi seu magnífico ensaio poético sobre a menina afegã, que saboreei, primeiro em largos bocados, porque sou impaciente, e depois com cautela, prazer e espírito crítico. Gostei muito. Gosto de imagens, todas: em tela, impressas, em idéias, em poesia, prosa, canto... principalmente as atávicas, que nos vieram por sentidos que não controlamos, lembranças que perfuram as camadas racionais e as cautelas do homem moderno. |
Oriana Almeida
From: Oriana
Almeida
Sent: Friday, May 03, 2002 1:48 AM
Subject: Afegã
Querido Soares, eu adorei esse seu ensaio. Li duas vezes. Adorei também esse estilo de ensaio que você faz. Acredite ou não, estou saindo para uma conferência de um dia sobe poesia em Oxford. Eu nunca pensei que aqui tivesse gente tão interessada assim no tema. Meu chefe de pesca não está entendendo porque eu não vou trabalhar para ir ver uma conferencia de poesia. Ficou achando graça. Abraços, Oriana
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Francisco Perna Filho
From:
Framper
Sent: Saturday, May 04, 2002 11:37 AM
Subject: Uma vida -ensaio poético
Caro Feitosa,
os olhos estendem os passos da alma: às
vezes dilacerada pela luz incandescente da áspera solidão que nos
abriga. Senti, no seu ensaio, os olhos do nosso tempo, um tempo de
imagens e perplexidades.
Abraço
do amigo
Chico Perna
Goiânia, 04 de Abril de 2002.
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Antônio Carlos Secchin
From:
Antonio
Carlos
Sent: Wednesday, May 08, 2002 6:47 AM
Subject: Re: Um ensaio sobre a menina afegã.htm
Parabéns pelo belo texto, pela
originalidade da abordagem!
Abraço,
Secchin.
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Ana Behrens
From:
ana
behrens
Sent: Wednesday, May 08, 2002 10:57 PM
Subject: Re: A menina afegã
Francisco, "Nessa viagem magistral entre rosto e costas". Não pude deixar de reler isso muitas vezes. Ana
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Foed Castro Chamas
From: foed
Sent: Tuesday, May 14, 2002 5:36 AM
A foto de excelente cromatismo e o texto sobre a menina afegã são primorosos. Li há algum tempo sua entrevista com Carlos Emílio na revista Raia. Seu sonho é tornar cósmica, universal a Poesia. Um grande sonho de Poeta. Sinceramente grato por textos meus no Jornal de Poesia. Um abraço, Foed. |
Outros ensaios do gênero: |