PASSOS DA CRUZ
Esqueço-me das
horas transviadas
o Outono mora mágoas
nos outeiros
E põe um roxo
vago nos ribeiros...
Hóstia de assombro
a alma, e toda estradas...
Aconteceu-me esta paisagem,
fadas
De sepulcros a orgíaco...
Trigueiros
Os céus da tua
face, e os derradeiros
Tons do poente segredam
nas arcadas...
No claustro seqüestrando
a lucidez
Um espasmo apagado em
ódio à ânsia
Põe dias de ilhas
vistas do convés
No meu cansaço
perdido entre os gelos
E a cor do outono é
um funeral de apelos
Pela estrada da minha
dissonância... |