Falhei. Os astros seguem
seu caminho.
Minha alma, outrora um
universo meu,
É hoje, sei, um
lúgubre escaninho
De consciência
sob a morte e o céu.
Falhei. Quem sou vivi
só de supô-lo.
O que tive por meu ou
por haver
Fica sempre entre um
pólo e o outro pólo
Do que nunca há
de pertencer.
Falhei. Enfim! Consegui
ser quem sou,
O que é já
nada, com a lenha velha
Onde, pois valho só
quando me dou,
Pegarei facilmente uma
centelha. |