Leve no cimo das ervas
O dedo do vento roça...
Elas dizem-me que sim...
Mas eu já não
sei de mim
Nem do que queira ou
que possa.
E o alto frio das ervas
Fica no ar a tremer...
Parece que me enganaram
E que os ventos me levaram
O com que me convencer.
Mas no relvado das ervas
Nem bole agora uma só.
Porque pus eu uma esperança
Naquela inútil
mudança
De que nada ali ficou?
Não: o sossego
das ervas
Não é o
de há pouco já.
Que inda a lembrança
do vento
Me as move no pensamento
E eu tenho porque não
há. |