Gnomos no luar que faz
selvas
As florestas sossegadas,
Que sois silêncios
nas relvas,
E em aléas abandonadas
Fazeis sombras enganadas,
Que sempre se a gente
olha
Acabastes de passar
E só um tremor
de folha
Que o vento pode explicar
Fala de vós sem
falar,
Levai-me no vosso rastro,
Que em minha alma quero
ser
Como vosso corpo, um
astro
Que só brilha
quando houver
Quem o suponha sem ver.
Assim eu que canto ou
choro
Quero velar-me a partir.
Lembrando o que não
memoro,
Alguns me saibam sentir,
Mas ninguém me
definir. |