Fernando Pessoa

Gradual, desde que o calor
 
Gradual, desde que o calor
         Teve medo, 
A brisa ganhou alma, à flor
          Do arvoredo.

Primeiro, os ramos ajeitaram 
          As folhas que há,
Depois, cinzentas, oscilaram,
          E depois já

Toda a árvore era um movimento
          E o fresco viera.
Medita sem Ter pensamento !
          Ignora e 'spera !

   
 Remetente : Arcileia 

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