ONDE quer que o arado
o seu traço consiga
E onde a fonte, correndo,
com a sua água siga
O caminho que, justo,
as calhas lhe darão,
Aí, porque há
a paz, está meu coração.
Bem sei que o som do
mar vem de além dos outeiros
E que do seu bom som
os ímpetos primeiros
Turvam de ser diverso
o natural da hora,
Quando o campo a não
ouve e a solidão a ignora.
Mas qualquer cousa falsa
desce e se insinua
Nos anos que são
vestígios sob a Lua. |