Há um poeta em
mim que Deus me disse...
A Primavera esquece nos
barrancos
As grinaldas que trouxe
dos arrancos
Da sua efêmera
e espectral ledice...
Pelo prado orvalhado a
meninice
Faz soar a alegria os
seus tamancos...
Pobre de anseios teu
ficar nos bancos
Olhando a hora como quem
sorrisse...
Florir do dia a capitéis
de Luz...
Violinos do silêncio
enternecidos...
Tédio onde o só
ter tédio nos seduz...
Minha alma beija o quadro
que pintou...
Sento-me ao pé
dos séculos perdidos
E cismo o seu perfil
de inércia e vôo... |