Um leão: ruivando
arde —
na voz do leão
— Leopardi
(céu noturno em
Recanati)
virando constelação:
Odi, Melisso... E o leão
resgata a um fausto de
estrelas
caídas, a lua
jamais cadente
e a Ursa, magas centelhas.
Depois, o leão
(a Leopardi
tendo dado o que lhe
cabe)
passa a medir o infinito
ou desmedi-lo: ao longe
daquela estrela (tão
longe)
ao longe daquela estrela.
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