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José Lívio Dantas
A poesia de
Soares Feitosa
Poeta:
Ainda estou sob o impacto de seu Psi, a
Penúltima. Uma espécie de choque estético. Motivos de ordem superior
obrigaram-me a retardar este comentário quase seis meses depois de
ter recebido o livro. Mas faço coro, em uníssono, com todos os que o
consideram um acontecimento singularíssimo neste final de século.
Mas curioso é que comecei a lê-lo,
instintivamente, pelas notas ao final dos poemas, belos apêndidocs;
pelos ecos da crítica; pelas orelhas e pela quarta capa. Foi como um
rito de passagem para enfrentar, purificado, o tremendo pathos de
poemas como Femina, Antífona, Mergulho, Convite à Saudade e outros,
pequenas obras-primas.
Outro fato interessante é que, enquanto
lia, eu me perguntava, ansioso, será Francisco José também enviou o
seu livro a Antonio Carlos Villaça, Ascendino Leite, Cassinao Nunes,
Alcyr Castro, Iaponam Soares, Xavier Placer? Será que esses amigos
também já teriam tomado conhecimento desse poeta convulsivo,
teluricamente convulsivo que é Francisco José Soares Feitosa? Eu sou
assim: para mim uma alegria só é completa se for compartilhada pelos
amigos.
Com o abraço pan-nordestino do admirador,
José Lívio Dantas
7.1.1999
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