Ricardo Reis
A vida é triste. O céu é sempre o mesmo. A hora (s.d.)
A vida é triste. O céu é sempre o mesmo. A hora
Passa segundo nossa estéril, tímida maneira.
Ah não haver terraços sobre o impossível.
Poemas de Ricardo Reis. Fernando Pessoa. (Edição
Crítica de Luiz Fagundes Duarte.) Lisboa: Imprensa Nacional - Casa
da Moeda, 1994.
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Crer é errar. Não crer de nada serve. (28-9-1926)
Crer é errar. Não crer de nada serve.
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E quanto sei do Universo é que ele (s.d.)
E quanto sei do Universo é que ele
Está fora de mim.
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Fui forte, venci as misérias da alma com a alma toda. (s.d.)
Fui forte, venci as misérias da alma com a alma toda.
Lembro o teu sorriso pequeno, Leucothoe, e não sorrio para não
chorar.
Vi-te como eras, Dyke, num sonho da meia-noite
De novo te amei, mas de outra maneira. Porém vi-te qual eras.
As árvores da floresta onde andámos sãs as mesmas, ou são outras.
Nós, Lydia, nem somos os mesmos nem outros, porque lembramos.
Pessoa por Conhecer - Textos para um Novo Mapa.
Teresa Rita Lopes. Lisboa: Estampa, 1990.
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Nem destino sem esperança (s.d.)
Nem destino sem esperança
Somos cegos, que vêem só quem tocam.
Poemas de Ricardo Reis. Fernando Pessoa. (Edição
Crítica de Luiz Fagundes Duarte.) Lisboa: Imprensa Nacional - Casa
da Moeda, 1994.
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Nem relógio parado, nem a falta (30-1-1927)
Nem relógio parado, nem a falta
Da água em clepsidra, ou na ampulheta a areia
Tiram o tempo ao tempo.
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Nós ao igual destino (s.d.)
Nós ao igual destino
Iniguais pertencemos.
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Quer com amor, que sem amor, senesces (s.d.)
Quer com amor, que sem amor, senesces
Antes senescer tendo perdido que não tendo tido.
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Sempre me teve o breve tempo febril (s.d.)
Sempre me teve o breve tempo febril
Nem dor o faz mais lento.
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Ser feliz é um jugo, o ser grande (s.d.)
Ser feliz é um jugo, o ser grande
É uma servidão: tudo repugno
Salvo esta majestade.
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Vem Orfeu, uma sombra (s.d.)
Vem Orpheu, uma sombra
Que traz nas mãos um vago filho - a lira.
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