Não quero parar o verso,
a estrofe nem o poema
Da poesia, eu só quero
a doçura de Iracema
“Virgem dos lábios de mel”
Só quero aquelas palavras
Vindas em chuva do céu
simples, claras e fluentes,
almas expostas ao léu.
Quando findar a lauda,
tomareiu d’outro papel,
d’outro maço, d’outros poemas
e falarei por sememas
quem sabe, criarei semas
com idéias vindas
lá do céu ou de bem longe
e transformadas em flores
Numa folha branca de papel. |