Walmir Ayala

 
 

NOTÍCIA BIOGRÁFICA DO POETA

Walmir Ayala nasceu em Porto Alegre (RS) a 4 de janeiro de 1933 e faleceu no Rio de Janeiro (RJ) a 28 de agosto de 1991. Em 1955 publicou seu primeiro livro, Face dispersa (poesia). Em 1956 transferiu residência para o Rio de Janeiro. Dedicou-se a vários gêneros literários: poesia, conto, romance, teatro, literatura infantil, diário íntimo, crônica, crítica (de artes plásticas, literatura e teatro). Dedicou-se também, intensamente, ao jornalismo: de 1962 a 1968, assinou  no Jornal do Brasil uma coluna de literatura infantil. No mesmo jornal foi titular, de 1968 a 1974, de uma coluna de crítica de arte, tendo nesta atividade participado de vários júris nacionais e internacionais. Colaborou ainda com os jornais Folha de São Paulo, Correio da Manhã, Jornal do Commércio, Última Hora, O Dia etc, e diversas revistas nacionais e internacionais. Em missão cultural do Minstério das Relações Exteriores do Brasil, viajou pela Itália, Chile e Paraguai. Visitou ainda a Inglaterra, Estados Unidos e Alemanha, a convite dos governos dos respectivos países. Esteve presente, como representante do Brasil, nas bienais internacionais de Veneza e Paris. Visitou o Japão em missão cultural da Fundação Mokiti Okada. Foi redator e produtor da Rádio MEC e assessor cultural do INL. Coordenou os dois últimos volumes do Dicionário brasileiro de artistas plásticos (INL/MEC, 1977/1980) e foi assessor do Departamento de Documentação e Divulgação do MEC. Tem livros publicados em Portugal, Espanha e Argentina, e poemas, contos e ensaios traduzidos para o inglês, espanhol, francês, italiano e alemão. Autor de mais de uma centena de livros, conquistou vários prêmios nacionais de poesia, ficção e literatura infantil. No carnaval de 1987, foi homenageado pela Escola de Samba Portela, Rio de Janeiro, que desfilou com o samba-enredo baseado em seu livro A pomba da paz. Autor do Dicionário de pintores brasileiros (1986, segunda edição revista e ampliada, 1997), foi também tradutor do espanhol: Fernando de Rojas, Rosa Chacel, Cervantes, Rafael Alberti, Garcia Lorca, Casona, José Hernandez e Jorge Luis Borges. Entre suas obras destacam-se: O edifício e o verbo (poesia, 1961), Difícil é o reino (diário, 1962), O visível amor (diário, 1963), À beira do corpo (romance, 1964), Cantata (poesia, 1966), Poemas da paixão (poesia, 1967), Natureza viva (poesia, 1973), Ponte sobre o rio escuro (contos, 1974), A pomba da paz (infantil, 1974), A fuga do arcanjo (diário, 1976), Guita no jardim (infantil, 1980), Estado de choque (poesia, 1980), Vicente, inventor (ensaio, 1980), Águas como espadas (poesia, 1983), O futebol do rei leão (infantil, 1984), Os reinos e as vestes (poesia, 1986), O forasteiro (infantil, 1986), Dedo-de-rato (infantil, 1991), O coelho Miraflores (infantil, 1993), O anoitecer de Vênus (contos, 1998). Deixou ainda um vasto acervo de obras inéditas que vem sendo publicado após a sua morte.
 
 
 
 
 

BIBLIOGRAFIA POÉTICA DE WALMIR AYALA

Face dispersa. Porto Alegre: edição particular, 1955.

Este sorrir, a morte. Rio de Janeiro: Organizações Simões, 1957.

O edifício e o verbo. Rio de Janeiro: Livraria São José, 1961.

Antologia poética. Rio de Janeiro: Leitura, 1965.

* Ocho poemas ineditos. Espanha: Separata da revista Cuadernos Hispanoamericanos, 1965. 
(Edição bilígüe, tradução para o espanhol de Pilar Gomez Bedate)

Cantata. Rio de Janeiro: GRD, 1966.

Poemas da paixão. Rio de Janeiro: Orfeu, 1967.

Questionário. Alegrete: Cadernos do Extremo Sul, 1967.

Poesia revisada. Rio de Janeiro: Gráfica Olímpica/INL, 1972.

Cangaço vida paixão norte morte. Rio de Janeiro: edição particular, 1972.

Natureza viva. Rio de Janeiro: Cátedra, 1973.

A pedra iluminada. Rio de Janeiro: Americana, 1976.

Memória de Alcântara. São Luís: Sioge, 1979.

Estado de choque. São Paulo: Massao Ohno, 1980.

Águas como espadas. São Paulo: LR Editores, 1983.

Os reinos e as vestes. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1986.

* Museo de Camara. Espanha: Luis Maria Caruncho/Coleção Xanela, 1986. (Edição bilíngüe, tradução para o espanhol de Rosa Chacel)

Iberê Camargo. Rio de Janeiro: Salvador Monteiro, no prelo. 
(Ensaio fotográfico de José Goes, poemas de W.A.)
 

* No exterior, a poesia de Walmir Ayala foi ainda traduzida e publicada em antologias e revistas de vários países da América Latina, dos Estados Unidos e da Europa (Portugal, Espanha, França, Itália etc).

POESIA DE WALMIR AYALA

Livros inéditos:

1 - Visível, o invisível
2 - Mitopoética
3 - O poeta em trânsito
4 - Poemas do surf
5 - Caderno de pintura
6 - Acari-oca (Cara de cão/Mapa lírico)
7 - Réquiem (Ofício de trevas)
8 - A viagem
 

Seu arquivo inclui ainda livros inacabados de poesia, inúmeros poemas dispersos e uma pasta a que chamou “poemas muito antigos”. Também traduziu poesia espanhola, hispano-americana e francesa. Parte desse material foi publicado em suplementos e revistas literárias mas o conjunto permanece inédito em livro, exceto a sua tradução do Martin Fierro, de José Hernandez (Ediouro, 1991).
 
 

 
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