Fora de tua tribo, peixe fora d’água,
bordando as muitas dores no ponto de cruz,
alinhavas rebanhos, reunidos na frágua
dos rios da tua infância, com escamas de luz.
Versos tecidos na cambraia das anáguas
de alices caboclas, yaras-cunhãs do fundo,
encantadas dos peraus, afogando mágoas,
mas que sabem, sestrosas, dos botos do mundo.
E os teus pés desgarrados pisaram em nuvens
de ventos sem mormaços no azul de outras línguas:
águas despidas do alfenim de nossas chuvas.
Te sabias folha de relva da ravina
irmã de Whitman e do Khayam simun
próxima do teu gado e rês da própria sina.