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Carlos Nejar
Bio - bibliografia:
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Carlos Nejar (Luiz C. Verzoni N.), advogado, professor e poeta,
nasceu em Porto Alegre, RS, em 11 de janeiro de 1939. Eleito em 24
de novembro de 1988 para a Cadeira n. 4 da Academia Brasileira de
Letras, na sucessão de Vianna Moog, foi recebido em 9 de maio de
1989, pelo acadêmico Eduardo Portella.
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É filho de Sady Nejar e de Mafalda Verzoni Nejar. Fez sua formação
primária, secundária e o curso clássico no Colégio do Rosário em
Porto Alegre. Iniciou na Pontifícia Universidade Católica do Rio
Grande do Sul o curso de Letras Clássicas, não o concluindo. Estreou
na literatura em 1960, com o livro de poesias Sélesis. Formou-se,
pela mesma Universidade, em Ciências Jurídicas e Sociais (Direito)
em 1962. Fez exame de Suficiência na Universidade Federal de Santa
Maria, RS, tendo sido aprovado para lecionar Português e Literatura
no 2o grau do magistério estadual.
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Fez concurso para o Ministério Público do Rio Grande do Sul. Assumiu
a função em 1963, atuando em diversas comarcas: Pinheiro Machado,
Bagé, Taquari, Uruguaiana, Itaqui, São Jerônimo, Erexim, Caxias do
Sul e Porto Alegre. De 1965 a 1973, foi também professor de
Português e Literatura nos seguintes estabelecimentos estaduais de
ensino: Escola Normal Álvaro Haubert e Colégio Estadual São
Patrício, em Taquari; Colégio Estadual Castro Alves, em São
Jerônimo; Escola Normal José Bonifácio, em Erexim; Colégio Estadual
Cristóvão de Mendonza, em Caxias do Sul.
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Funcionou nas câmaras cíveis e criminais do Egrégio Tribunal de
Alçada e Emérito Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul, como
Promotor de Alçada e Procurador de Justiça; foi titular na 1a Câmara
Criminal do Tribunal de Justiça, assessor de vários procuradores
gerais de Justiça, durante mais de dois anos, e participou do
Gabinete de Pesquisa e Planejamento da Instituição. Atuou como
curador dos Registros Públicos da Capital, com responsabilidade de
fiscal da lei e sua execução, sobre todos os Cartórios de Registro
de Pessoas Naturais e os Registros Públicos de Porto Alegre; foi
membro do Conselho Penitenciário do Estado e membro fundador do
Conselho Curador da Fundação de Economia e Estatística do Estado do
Rio Grande. Integrou o Conselho Superior e o Colégio de Procuradores
do Ministério Público, tendo sido eleito, em 1986, um dos sete
procuradores que compõem o referido Conselho, órgão diretivo máximo
da Instituição. Aposentou-se nessa função.
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Em 1975, fez aperfeiçoamento jurídico em Lisboa, como bolsista, a
convite do Ministério das Relações Exteriores de Portugal. Defendeu
a tese "A imputabilidade no Direito Criminal português e brasileiro"
na Universidade de Lisboa, aprovada com parecer de louvor pelo
Professor de Direito Criminal dessa Universidade.
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Advogado, em Porto Alegre, por dois anos, no escritório do Dr.
Fernando Malheiros e do Senador Nelson Carneiro. Atualmente, após a
aposentadoria, exerce a advocacia em Vitória, Espírito Santo, onde
reside.
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Foi bolsista, a convite da Fundação Calouste Gulbenkian, em viagem a
Lisboa, em outubro de 1981, com o fito de organizar a Antologia da
poesia portuguesa contemporânea, saída no Brasil, São Paulo, pela
Massao-Ohno. Em 1983, fez curso de aperfeiçoamento jurídico na
Procuradoria da República Portuguesa, onde ficou sediado, a convite,
participando como observador do Brasil no Centro de Estudos
Judiciários para preparação de juízes e promotores de justiça.
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Participou do conclave "O legado da cultura árabe às culturas
latino-americanas", sobre a épica contemporânea, na Universidade de
Verão Al Mu’Tamid Ibn Abbad de Asilah, em Tanger, Marrocos, de 12 a
15 de agosto de 1989.
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Participou do CNIC (Conselho Nacional de Incentivo à Cultura) do
Ministério da Cultura, nas áreas de humanidades e literatura
(1992-1993). Foi nomeado pelo Presidente da República para o
Conselho Nacional de Política Cultural (de 1994 a 1996).
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Participou de inúmeros congressos nacionais e internacionais de
literatura, entre os quais o VI e VIII Encontro Nacional de
Escritores, em Brasília, Distrito Federal (outubro de 1971 e outubro
de 1973), o I Seminário de Literatura, no Rio Grande do Sul
(setembro de 1972), o II Congresso Nacional de Poesia, em Goiânia
(junho de 73), o Encontro de Escritores Latino-Americanos, em Punta
del Leste, Uruguai (março de 1968) e nos Congressos Internacionais
de Poesia de Nova Prata e Bento Gonçalves, RS. Pertence à Academia
Espírito-Santense de Letras e ao Instituto Histórico e Geográfico do
Espírito Santo.
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É detentor de vários prêmios literários: Prêmio Nacional de Poesia
Jorge de Lima (1970) do Instituto Nacional do Livro; Prêmio Fernando
Chinaglia (1974) da União Brasileira de Escritores, com O poço do
calabouço, como o melhor livro de poesia do ano; Prêmio Luísa
Cláudio de Souza (1978) do Pen Clube do Brasil, pelo livro de poesia
Árvore do mundo; Prêmio Érico Veríssimo (1981), concedido pela
Câmara dos Vereadores de Porto Alegre pela sua Obra poética I;
Troféu Francisco Igreja, da União Brasileira de Escritores do Rio,
para Amar, a mais alta constelação, como o melhor livro de poesia
publicado em 1991; Prêmio Cassiano Ricardo, do Clube de Poesia de
São Paulo, pela sua obra, em 1995, com o troféu da Livraria da
Cultura.
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É colaborador da Revista Colóquio/Letras, de Lisboa, e de inúmeras
revistas e jornais do País; é membro do Pen Clube do Brasil,
sucedendo a Raul Bopp. Em 1991, fundou, com o jornalista e poeta
Marian Calixte, em Vitória, ES, a Nemar Editora. Em 1993, fundou sua
pequena editora de poesia - Nejarim, Paiol da Aurora.
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Obra - POESIA: Sélesis (1960); Livro do tempo (1965); O
campeador e o vento (1966); Danações (1969); Ordenações (1971);
Canga (1971); Casa dos arreios (1973); O poço do calabouço (1974);
Somos poucos (1976); Árvore do mundo (1977); O chapéu das estações
(1978); Os viventes (1979); Um país o coração (1980); Obra poética I
(1980); Fausto, as Parcas, Joana das Vozes, Miguel Pampa e Ulisses,
poemas dramáticos (1983); Memórias do porão (1985); A genealogia da
palavra, antologia do autor (1989); A idade da aurora (1990); Amar,
a mais alta constelação, sonetos (1991); Meus estimados vivos
(1991); Elza dos pássaros ou a ordem dos planetas (1993); Símon
Vento Bolívar (1993, ed. bilíngüe português-espanhol); A chama é um
fogo úmido, reflexões sobre a poesia contemporânea (1994); Arca da
aliança, poemas bíblicos (1995). Um certo Jaques Netan, novela
(1991); O túnel perfeito, novela (1994). Obra infanto-juvenil:
Menino-rio (1985); Jericó soletrava o sol e as coisas pombas (1986);
Era um vento muito branco (1987); A formiga metafísica (1988); Zão
(1988).
FICÇÃO: Livro de Silbion, contos (1963).
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