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Cláudio Feldman


A Poesia de Soares Feitosa

 

Atacado por uma pneumonia fortíssima, que quase me leva para Passárgada ou para o hades, sei lá, fiquei penando quase dois meses na cama. Agora estou voltando à tona e respondendo as cartas, lendo as obras que me enviaram, dando satisfação à multidão de amigos que, sem saberem de minha agonia, a aliviaram através de suas cintilações artísticas. Psi, a Penúltima, foi sem dúvida alguma, a obra mais brilhante e esquisita que já li nos últimos anos. Embora algumas de suas intenções não tenham alcançado a minha ignorância, no conjunto de mil procedências, afora naturalmente todas as suas vivências nordestinas e intuições verdadeiramente dignas dos profetas bíblicos.

Li sua obra com a temperatura certa para ela: 39 graus de febre de minha pneumonia. O meu predileto nessa coletânea: Panos Passados, que quase fez também criar água nos meus olhos.

Enfim, Psi não é a penúltima, mas a primeira em valor das que li em 1997.
 



Soares Feitosa, 2003
Leia a obra de Soares Feitosa

 

 

Inocência, foto de Marcus Prado

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Ildásio Tavares