Cláudio Feldman
A Poesia de Soares Feitosa
Atacado por uma
pneumonia fortíssima, que quase me leva para Passárgada ou para o
hades, sei lá, fiquei penando quase dois meses na cama. Agora estou
voltando à tona e respondendo as cartas, lendo as obras que me
enviaram, dando satisfação à multidão de amigos que, sem saberem de
minha agonia, a aliviaram através de suas cintilações artísticas.
Psi, a Penúltima, foi sem dúvida alguma, a obra mais brilhante e
esquisita que já li nos últimos anos. Embora algumas de suas
intenções não tenham alcançado a minha ignorância, no conjunto de
mil procedências, afora naturalmente todas as suas vivências
nordestinas e intuições verdadeiramente dignas dos profetas
bíblicos.
Li sua obra com
a temperatura certa para ela: 39 graus de febre de minha pneumonia.
O meu predileto nessa coletânea: Panos Passados, que quase fez
também criar água nos meus olhos.
Enfim, Psi não
é a penúltima, mas a primeira em valor das que li em 1997.
Leia a obra de Soares Feitosa
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