Edições
Cururu®
lançam
a
Coleção
Fac-símile
O projeto da Cururu, até hoje de manhã, era
abrigar as três
coleções: Três Enigmas,
Livro Magro e Onda Alta. Mas, por conta dessas coisas
inesperadas: o poeta Dimas Macedo, passando no meu escritório com um embrulho debaixo do
braço. Deixou na portaria. Bem embrulhado. Abri:
Bom, vamos "traduzir":
Fortaleza, 18/05/2004
Poeta Soares Feitosa
Venho com esta em mãos. Para louvar e dar
graças a Deus por você existir e se fazer verbo e persona entre nós.
O que trago? Um tesouro que lapidei e guardei e afaguei e agora
faço-o rito de passagem para você.
Com cuidado, poeta, pois é muito nobre o autor
do artefato. Um amigo e um mágico. E a prenda gráfica que elaborei
também. Capricho na encadernação. Capricho para uma ninhada de
pintos. Três pintinhos. Longevos. Primevos. Dos cinqüenta pra
baixo. Os pintinhos: Pequeno Caderno de Palavras,
As Pontes e Cantos de Lúcifer. Os contos
fundadores.
Do amigo.
Dimas Macedo.
Nota editor:
Os livros trazidos por Dimas são do poeta José
Alcides Pinto (foto).
Bom, aqui está o primeiro livro
da Coleção Fac-símile, das Edições Cururu. Eu (Soares Feitosa) e o
poeta Rodrigo Marques imprimimos o primeiro exemplar e fomos pregar
uma surpresa no poet'Alcides Pinto. Ele pediu os óculos, que, em
plena tarde quente, vinha de um cochilo. Abriu. Viu a cor do papel
velho, muito velho, de puro papel velho, mas novo, novinho em folha,
recém-impresso na HP color. Era apenas a similitude à página
anterior — exato meio século, 1954 (pela Irmãos Pongetti), o
livro de Alcides —, agora pela Cururu.
A síndrome do Bibliotecário!
Alcides, múltiplo colega de J. L. Borges, também Bibliotecário,
danou-se a espirrar... Dimas Macedo, de toda justiça, ganhou o
exemplar número 2. Mandei mestre Antônio soltar o embrulho na
portaria do prédio dele... Se espirrou? Se lacrimejou? Ainda não
sei.
Portanto, meu caro leitor, vá
devagar com a louça. Está em «adobe zip». Escolha «salvar». Salve em
seu computador. Na calma, imprima e leia. É só clicar (espirrar e
assustar!):
|