Barone
From:
Palanque
Marginal
Subject: A menina afegã
Parabéns, Soares, beleza de peça, típica de quem tem sensibilidade para o mundo e habilidade com a escrita. Quando quiser publicar algo no Palanque, avise: "Pode publicar, Barone!" Vou mandar uns "algos" meus para ver se você se interessa. Um abraço, Barone |
Pedro Lyra
From: Pedro
Lyra
To: jornaldepoesia@hotmail.com
Sent: Friday, May 03, 2002 9:53 AM
Subject: Re: A menina afegã
Muito bem, Feitosa. Eu já tinha visto essa foto, acho que numa tevê, e também não fiquei indifrerente. Que olhos! E que olhar! Parece que a própria "musa" se viu um dia, numa capa de revista. Sabe de que me lembrei na hora? Daquela menininha nua fugindo das bombas americanas no Vietnã, lembra? Ela também, que hoje vive nos EUA, um dia viu aquela foto. Que emoção terá provado, hein? Mas o que está havendo com o seu jornal? Não estava acessando.Da última vez, só consegui através do Google. Um dia gostaria de botar umas coisas lá no meu cantinho. E que está vivo, ah isso tá! Abração Pedro Lyra |
Alexandre Forte
From: Alexandre Forte
To: mailto:jornaldepoesia@hotmail.com
Sent: Friday, May 03, 2002 1:23 PM
Subject: Comentário de Alexandre Forte
SF.: Esta a minha impressão da menina afegã: Sim. Os olhos são os da cobra. E da suçuarana. Porque sou a retirante da seca de todos os Sete, do Setenta e Sete, onde morreram setecentos e setenta e sete mil. Neles, olhos de cobra e suçuarana, também espelham-se as águas de todas as torrentes. A enchente do 11, que fogo e clamor! sob as imprecações de Conselheiro, procurado nos sete cantos da Arábia e no Raso da Catarina, de onde vim – porque também a guerreira que marchou vasto sertão! Sim. Que não poderia deixar de ser a cobra-mãe que devora os filhotes. Eros e Tánatos. Mas, sobretudo, a esperança! “Porque entre pulso e olhar, latejam os ferros da vontade"1. E entre lábio e lábio o que sugere uma vida: sorrir. Eis que mimetizo-me. Porque a dor em mim, da humana verve. E a flor que sou: bote e veneno. Porque flor e dor rimam com meu retrato no espelho do mundo babelizado. Mas, sob o turbante, a menina – sonho de liberta... “Não se pode, mas se quer.” Daí a hipnose que meu olhar não cala. Foi um dia de sol em Canudos e outro de sombra em Kandahar. Eu. Retirante. Severina. Porque havia de... |
José Félix
From: Félix
To: jornaldepoesia@hotmail.com
Subject: Re: A menina afegã
Um belo ensaio, caro Soares Feitosa. Um outro olhar sobre o tempo, antes do tempo, depois do tempo. O interseccionismo temporal que busca no meio em que vive «o mesmo olhar». Um abraço José Félix |
Simone Ostrowski
From: Simone
Ostrowski
To: jornaldepoesia@hotmail.com
Subject: Adorei!
Caro Soares Feitosa, adorei seu texto sobre a menina afegã, o texto em si e o uso das imagens. Tenho os poemas que vc me mandou bem guardados, e isso me faz lembrar que, na correria, ainda não te mandei meu novo livro de presente! Mande seu endereço que logo te envio. Beijo, Simone. |
Ronaldo Castro
From:
ronaldo
castro
To: jornaldepoesia@hotmail.com
Sent: Friday, May 03, 2002 8:05 AM
Subject: Re: A menina afegã
Nossa, que bonito! A narração em suspensão contínua vai nos levando para um texto que não se completa e assim se faz até agora.Obrigado. Ronaldo |
Edson Alves Damasceno
From: ayrtond@zipmail.com.br
To: jornaldepoesia@hotmail.com
Sent: Friday, May 03, 2002 9:57 PM
Subject: a menina afegã
Caro poeta, recebi a menina afegã. Lindo, lindo, lindo. Incrível, incrível, incrível. Pergunto-me como e de onde o Coronel consegue tirar tudo isso. É uma coisa de Deus. O Émerson disse que você é um iluminado. É isso, Coronel, o sr. é um iluminado. Pra mim, o Coronel é o maior poeta vivo do Brasil, não tem pra ninguém. É uma pena que eu não tenha condições de lançá-lo no Brasil, no exterior, França, digo, Paris, Londres, Nova Iorque, Bahia. Como gostaria de poder apresentar ao mundo o grande poeta que é Soares Feitosa. Caro amigo, às vezes me pergunto por que tenho o privilégio de conviver e desfrutar da companhia e do bom papo de pessoa tão capaz, fenomenal, grande artista, e tanto quanto genial é sobretudo, simples. É isso aí amigo. Rezo para que, em breve, o mundo possa ter o prazer de conhecer o grande poeta Soares Feitosa. Um abraço do fã, amigo e admirador número 1. Edson |
Helena Armond
From: helena
To: jornaldepoesia@hotmail.com
Subject:
<<<>>><<<>>><<<>>><<<>>><<<>>><<<>>>
só ares
da academia à vanguarda
nos claros-escuros
dessa-fala-de-terra-roxa-de-angústias
desses urrares-vermelhos-puros
entre verdes complementares...
em lamentares os poderes d´olhos
em leituras de quem sabe ler
e vai ao metabolismo
nesse devolver
o que o tempo devora
quase sem querer
|
Eduardo Diatahy Bezerra de Menezes
To: jornaldepoesia@hotmail.com
Sent: Friday, May 03, 2002 1:44 AM
Subject: Re: A menina afegã
Don Francisco, meu caro amigo: Que página de impressionante poética! Que dores aludidas no mergulho das memórias! Não sei por que evocações ou associações, lembrou-me a Balada da Moça do Miramar, do Vinícius. Um abraço imenso de admiração, Eduardo Diatahy B. de Menezes |
Cláudio Willer
From:
Claudio
Willer
To: jornaldepoesia@hotmail.com
Sent: Saturday, May 04, 2002 10:32 AM
Subject: Re: A menina afegã e este abraço
Que boa prosa poética. Repito, és cronista
de mão cheia. E com uma ótima capacidade de registrar aquilo que
costumo chamar de Brasil Propriamente Dito.
Abraços, Claudio Willer, cjwiller@uol.com.br
|
Rafael Montandon
From: rafael.montandon
To: jornaldepoesia@hotmail.com
Subject: Re:A menina afegã
Caro Feitosa, Você está começando a pegar gosto por esta estória de escrever sobre imagens, não é mesmo? Meu preferido, até agora, foi o texto sobre o "Fui eu!", mas este da menina afegã também ficou muito bom. Você é o memorialista por excelência e sem concessões. Qualquer mínimo estímulo, mesmo que completamente alheio, desencadeia o fluxo das reminiscências e te transporta para o universo mítico da tua infância. Mas o interessante é que as imagens não são meros pretextos para este transporte. Você transita com muita habilidade e sem qualquer artificialismo entre os elementos plásticos dos quadros (ou foto) e os flashes da mitologia particular, e as duas coisas terminam por se interpenetrar e se tornar uma só. É um jogo fascinante. Você poderia publicar um livro inteiro só com escritos deste tipo. Esta
menina não deixa mesmo ninguém impune. Tão telúrica e ao mesmo tempo tão
supra-terrena. Você devia dar crédito ao fotógrafo, que é um gênio,
no texto. Se o crédito já estiver lá e tiver fugido à minha atenção,
desculpe. Mande notícias sobre o Salomão! |
Maria Helena Nery Garcez
From: Maria
Helena Nery Garcez
To: jornaldepoesia@hotmail.com
Sent: Sunday, May 05, 2002 8:49 PM
Subject: A menina afegã
Seu texto me tocou muito, demais. Essa menina é algo de extraordinário, de único, de intenso, de total. Não sei se viu outro dia, nos jornais, uma foto dessa menina já mulher feita, mãe de filhos. Ainda é bela mas já não é mais esse milagre de perfeição e de força, de beleza e de intensidade total. Ela foi colhida no instante preciso. No instante certo. Medo? Horror? Algo de felino, de sofridíssimo, de assustado e de inexcedivelmente belo. Aliás, os rostos das crianças afegãs, em jornais, revistas e nos noticiários da TV, eram todos muito belos. Mas nenhum nunca como o dessa menina selvagemente aterrorizada e bela a mais não poder.Que verde tão verde ali tinha o verde daquele olhar... Seu texto é intenso, é dorido, é belíssimo. E o rosto e seus recortes a acompanhar o ritmo da composição.
Maria Helena Nery Garcez
|
Fred Souza Castro
From: Fred
Souza Castro
To: jornaldepoesia@hotmail.com
Sent: Sunday, May 05, 2002 1:18 AM
Subject: Medianet
muito bonito seu trabalho sobre a afegã da capa da Geographic. Você importou aquele rosto para um cenário de memória muito tocante e significativo. Costurou com mão de mestre cada pequeno traço da pele, cada nuance do olho, cada palavra que pode(ria) escapar daqueles lábios. Você é um poeta arretado, meu bom. fred |
José Lira
From:
Jose Lira
To: jornaldepoesia@hotmail.com
Sent: Sunday, May 05, 2002 10:08 AM
Subject: Outras alterações
Caro SF, Puxa! E você disse que não tinha vírus. Mas tem o vírus da poesia, esse texto, que é tal o anafilá, deixa a memória completamente randomizada. Pega de jeito e mega e bite, bite, bite. Repito minhas cantigas repentísticas porque houve uma correção de última hora no poema do Padim Ciço. E repito o que disse da outra vez, que não ia falar de projetos, que projetos de aposentado são pensamentos idos e vividos. Mas permanecer no JP, eis aí um projeto. Um forte abraço José Lira, Projetista |
Geraldo Peres Generoso
From: gatulio@ig.com.br
To: jornaldepoesia@hotmail.com
Sent: Sunday, May 05, 2002 1:51 AM
Subject: Re: A menina afegã
Caro Soares, Excelente o trabalho sobre a Menina Afegã. Parabéns.Li e hei de reler várias vezes. Gostei também muito do poeta Antonio Gonçalves da Silva, com o poema O VAQUEIRO, que tirei algumas cópias para apreciação do pessoal que gosta de poesia. Todos babaram ao ver a competência desse grande vate. Gostaríamos de saber mais sobre ele. Um abraço, Geraldo Peres Generoso. |
Lilian Maial
From: Lilian
To: jornaldepoesia@hotmail.com
Sent: Tuesday, May 14, 2002 8:37 AM
Subject: Menina Afegã
Escrevo a fim de parabenizar-te pelo belíssimo trabalho. A mente do escritor viaja mais que a história, e sua palavra pode ferir ou amenizar a dor da indiferença. Adorei. Um abraço carinhoso, Lílian Maial |