Paulo Rosenbaum |
From:
Paulo Rosenbaum
To:
Soares Feitosa
Sent: Sunday, June 12, 2005 8:02 AM
Subject: Re: Observatório da Imprensa
Salve, Feitosa dos mares,
Guimarães Rosa certo do formato da linguagem falada como via da narrada te saudaria. Eu, apenas registro teu talento certo de que no tempo linear fará diferença. Muita. Vai de volta uma verdadeira constatação. PS- recebestes meu e-mail Varsóvia? Mando de novo em seguida. |
Mario Cezar Coivara |
qualquer labareda estancada na virga da palavra aqui exposta se amola na crônica de tus noites repartidas
sim soares. como aclamar seus pés andantes? a raiz dos calos dizem melhor do que esta fugaz escrita porque em teu sangue está todo pó da estrada. sim soares. tua caminhada é um ensinamento porque presenciado pelo sol se pondo
sim soares. mando um abraço e continue. imprescindível. os escombros já são tantos
mario cezar |
Nei Duclos |
From: <nei@consciencia.org>
To: "Soares Feitosa" <soaresfeitosa@uol.com.br>
Sent: Sunday, July 10, 2005 10:56 AM
Subject: Fila infinita de redes
Amigo poeta: Que radicalidade boa é entregar-se, deixar-se levar não pelas palavras (que essas exigem sempre atenção absoluta), mas pela vida, e recolher o fruto plantado arduamente na manhã fria com a pachorra da sesta obrigatória (esticando a mão a partir da rede, e mais acariciar o que é colhido do que colher verdadeiramente).
Deitas na cama construída com a maestria
do ofício e dá o bom conselho para quem procura e não costuma achar.
Lembro Quintana - ser poeta não é ler poesia, é ler os classificados, ou
algo assim (citar de memória é a verdadeira citação, citar corretamente
é cópia). Lembro também que costumo estocar a meninada que vive dizendo
que quer estudar o que gosta. Estudar o que gosta não é estudar, Tu que és o poeta da inclusão no país da exclusão absoluta. Tu que fizeste a Bíblia da poesia em português, o grande Livro virtual onde todos nos deitamos numa fila infinita de redes. Na maior comodidade, esticamos a mão e acariciamos os frutos generosos do Jornal de Poesia. Um abraço do amigo
Nei Duclós |
Maria A. S. Coquemala |
From:
maria-13
To:
Soares Feitosa
Sent:
Monday,
August 01, 2005 10:12 AM
Subject: Gostei muito do seu texto Francisco, oi, bom dia, acabei de ler seu texto, gostei muito, me remeteu à própria infância, quando eu andava uns três km pra acompanhar meus irmãos que iam pegar o ônibus rumo à escola, e eu ficava olhando, com inveja, queria aprender a ler, mas só tinha 5/6 anos, então voltava sozinha pra casa, no sítio, trazendo o jornal do meu pai, passando pela ponte, por trechos de mata fechada, vendo bois nos pastos, uma infância também muito rica nos contatos com a natureza, daí que me enfronhei na sua pele, podendo imaginar o que o garotão de 15 anos sentia... E como você, me espantava o céu estrelado, queria saber o que era uma estrela, perguntava a todo mundo, ninguém sabia, até que numa noite inesquecível uma amiga mais adiantada na escola me explicou o espantoso tamanho, o sol, uma estrela de apenas quinta grandeza, tanta coisa... Jamais esqueci a emoção daquela noite, daí que estou sempre estudando o universo, vendo-o em maravilhosas imagens televisivas, querendo saber mais e mais... Gostei muito de conhecê-lo (nas entrelinhas do seu texto), sensível, culto, inteligente, emotivo, sou sincera, nos elogios, quando não há o que elogiar, eu apenas me calo. E gostei da sua linguagem, do seu estilo, nada de modernidades macaqueadas de G. Rosa, Clarice e que tais, ou carregadas de enigmas que cansam, ou até mesmo afastam o leitor. Pude ler seu texto com todos os sentidos, tateando, vendo, ouvindo, sentindo os cheiros, as expectativas, tudo fluindo no devido ritmo, se repetindo na oportuna enfatização, uma verdadeira peregrinação juvenil, pois você caminhava mesmo para o mais sagrado da sua vida, a sua instrução, os livros, a revelação que eles lhe traziam.... Haveria muito mais a dizer, mas não sou crítica literária, me faltam ferramentas para isso. Minha especialidade é Lingüística. Um grande abraço, Maria.
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Cecília Quadros |
From:
Cecilia
Sent: Thursday, October 20, 2005 12:40 PM
Subject: "Do relato de uma peregrinação adolescente"
Poeta Soares Parece que todos nós temos, em algum momento da vida, que viver um encontro com o céu em noite estrelada ou não para sentirmos sua magnitude e a sensação de pertencimento. O universo como que nos abraça, céu, terra, tudo que nos rodeia, aguçando nossos sentidos e sentimentos mais profundos. Você teve sorte de viver esse encontro aos quinze anos, quando se desperta para a vida e se tem o resto dela- um longo tempo- para lembrar os fatos marcantes vividos, como a caminhada longa e solitária noite adentro por uma estrada do interior nordestino, entre a fazenda Catuana e Nova Russas. Com sensibilidade e competência você a descreve em “Do relato de uma peregrinação adolescente”, nos deliciando com a exposição de costumes, estórias e paisagem característica do lugar. Parabéns. Cecília
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