Gustavo Dourado(Amargedom)
Carlos Drummond de Andrade
Carlos Drummond de
Andrade renovou a literatura brasileira do Século XX com maestria e
criatividade. Influenciado pelos modernistas de 22, redesenhou a
cena poética tupiniquim, a partir de 1930, com o livro Alguma
Poesia. Com habilidade e perspicácia, conseguiu retirar as pedras do
meio do caminho literário, fato que possibilitou um grande salto
qualitativo na poesia brasileira contemporânea.
Drummond bebeu em
luminosas fontes, de outros grandes poetas como Manuel Bandeira,
Mário e Oswald de Andrade, além dos clássicos canônicos da Poesia.
O poeta itabirano,
festejado post-mortem, agora em seus cem anos de nascimento,
destaca-se entre os maiores poetas da língua portuguesa,
nivelando-se a Camões, Pessoa, Bandeira, Cabral, Cecília Meireles,
Vinícius de Moraes, Gregório de Matos, Castro Alves e Augusto dos
Anjos. No cenário internacional seu nome ecoa no mesmo ritmo de
Yeats, Neruda, Rimbaud, Pound e Elliot.
Nosso poeta foi
grande em todos os sentidos. Tornou-se um mestre da poesia, pois
soube como ninguém, aliar tradição e modernidade, erudição e
simplicidade.
Popularizou-se com a
crescente divulgação de seus textos nos jornais, no rádio e na
televisão. Sua poesia, pela singeleza e objetividade, conquistou o
gosto popular e ganhou notoriedade. Poesia simples e de qualidade.
Poesia que toca a alma e expande o sentimento.
O poeta de Claro
Enigma foi fecundo em sua produção. Deixou-nos uma obra que
ultrapassa mais de 40 livros, entre poesia, crônicas e artigos. Foi
generoso com o mundo e com os leitores. Um exemplo a ser seguido
pelas novas gerações e pelos poetas do futuro.
Muito conhecido...
"No meio do caminho tinha uma pedra/ tinha uma pedra no meio do
caminho/tinha uma pedra/ no meio do caminho tinha uma pedra"
Leia obra poética de Carlos Drummond de Andrade
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