Lígia Neves
Thereza
Mulher,
De lindos seios a sua alteza
Me curvo diante de tua beleza
Para me enforcar na solidão do teu abraço
Para quando mais tarde me procurraes me encontre onde
Me escravizas até no meu cansaço quando
Parte de mim conserva-te assim:
— Tem dó de mim, Oh Thereza!
Mulher de um só voz, carregas na boca o mel
Carregas uma alma tão só
Deixa eu apreciar teus cabelos, pêlos, pelos cantos da terra és gentil.
Vejo quando o Sol se põe...
Numa tarde sem fim, me entusiasmo ao querer-te e ao te perder.
Enlouqueci!
Ao pairar na paineira roubo-te um beijo, minha amada
(recolhido do livro “Na Ponta Da Pena”)
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