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José Antônio Cavalcanti

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Franz Xaver Winterhalter. Portrait of Mme. Rimsky-Korsakova, detail

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Poesia & conto


Ensaio, crítica, resenha & comentário: 


Fortuna crítica: 


Alguma notícia do autor:

Poeta, contista e professor. Mestrado em Ciência da Literatura sobre Cacaso (poesia, urbanismo e arquitetura). Doutorando: pesquisa sobre a narrativa de Hilda Hilst. Inédito; apenas algumas publicações em revistas e jornais alternativos de São Paulo, Minas, Pernambuco, Rio de Janeiro e dos Estados Unidos. [2007]

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Natércia Campos

 

Eleuda Carvalho

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Allan R. Banks (USA) - Hanna

 

 

 

 

 

 

José Antônio Cavalcanti

 

 


 

NAU SEM RUMO


Não preciso de cartas de navegação:
basta-me o sonho de travessias impossíveis.

Caminhar sobre a superfície do oceano,
pisando em pássaros submarinos,
tropeçando em ruínas de outras civilizações,
beijando cadáveres de náufragos,
até a definitiva conversão em água, sal e vento.

Sei que não tenho destino.
É o destino que me possui.
As correntezas traçam a rota
e as tempestades preparam o naufrágio.

O mar não precisa de caminhos,
tece na solidão as formas da morte,
enquanto o vento entoa cantos fúnebres
sobre os campos azuis do país marítimo.

O mar não precisa de navios,
precisa apenas de corpos.
 

 

 

Vera Queiroz

 

Astrid Cabral

 

 

 

 

 

 

 

31.8.2007