Jornal de Poesia

 

 

 

 

 

 

 

José Valgode


 

Racismo: um cancro mundial
-Uma epidemia mundial de ódio


 

Um monstro à solta! Ele se chama ódio e não conhece fronteiras.

Poderíamos citar várias partes do mundo onde este monstro tem andado à solta e tem feito biliões de vitimas: desde a província dos Balcãs e sua limpeza étnica, até Timor Leste onde 700.000 pessoas apavoradas tiveram de fugir devido a assassinatos, até Moscovo, Israel e Palestina, Irlanda ou Paris. Pode-se muito bem comparar o ódio a uma epidemia global. Quase todo o dia, ouvimos notícias sobre o que acontece quando se combina animosidade racial, étnica ou religiosa com anarquia. Vemos todos os dias nações, comunidades e famílias dilaceradas por esse monstro, o ódio. Vemos países mergulhados no genocídio em massa. Vemos actos indescritivelmente desumanos cometidos apenas porque algumas pessoas são “diferentes”. O ódio origina-se do ciúme, do medo e da ignorância, existe a tendência das pessoas serem preconceituosas em desenvolver opiniões diferentes, e isto sem terem relação nenhuma com as evidências disponíveis….as pessoas preconceituosas, tendem a deturpar, distorcer, desvirtuar ou até desconsiderar factos que vão de encontro a suas opiniões preconcebidas. De onde vêm essas opiniões? A história é responsável por muitos estereótipos, mas a história da vida da própria pessoa também é responsável por vários preconceitos. Para ilustrar isso, Nos Estados Unidos, o tráfico de escravos deixou um legado de tensões entre brancos e descendentes de africanos. Muitas das vezes, opiniões diferentes sobre raças são passadas de pai para filho.Há aqueles que simplesmente não confiam em pessoas de origens diferentes. Isto só porque em uma ocasião a pessoa teve um contacto desagradável com alguém de outra origem, então essa pessoa chega à conclusão de que todos daquela raça ou cultura devem ter as mesmas características indesejáveis.

O ódio e o preconceito são um cancro mundial, isso é muito mau, mas quando ele contamina uma nação ou raça inteira, pode tornar-se mortífero. Um monstro anda à solta. Será que você alimenta este monstro?!
 

 

O Racismo: um cancro mundial
Preconceito Como se manifesta?


 

Uma pessoa preconceituosa, não é necessariamente hostil. Nem é, necessariamente, alguém que o expressa verbalmente, mas que no intimo sente repulsa diante da ideia de ter pessoas de outra raça como amigos, ou vizinhos. O individuo preconceituoso, pode revelar de forma muito subtil, sentimentos persistentes de superioridade. Talvez prove a paciência deles por tecer comentários de mau gosto, e com piadas e conotações raciais. Ou, em vez de tratá-los como a iguais, talvez assuma um ar de condescendência, agindo como se, por fazer deles seus amigos, estivesse fazendo-lhes um favor. Outra forma de alguém demonstrar preconceito é exigir de certas pessoas um padrão mais elevado de consecução, embora lhes preste menor reconhecimento. E, se tais pessoas falham, talvez esteja inclinado a atribuir a falha a motivos raciais. Ou talvez condene, em certa raça, uma conduta que tolera na sua própria raça. Todavia, tal pessoa ficaria tremendamente ressentida diante de qualquer sugestão de que “ela” tem preconceito, tão completo é o engano de si mesma.
Quão cedo na vida se adquire o preconceito?

O psicólogo Gordon Alport observou a tendência da mente humana de “pensar com o auxílio de categorias”. Isto se evidencia até nas criancinhas. Elas logo aprendem a diferençar os homens das mulheres, os cães dos gatos, as árvores das flores, e até o branco do preto. Mas, será que simplesmente observar tais diferenças torna preconcebidas as crianças? Não necessariamente. Mas elas ouvem e observam muito bem, aquilo que os adultos dizem. Poucos pais infelizmente mandam os seus filhos brincar com crianças de outras raças. Todavia, se a criança nota que seus pais têm prevenção para com alguém de outra raça, ou não se sentem à vontade com ele, a criança poderia similarmente assumir tais atitudes negativas. Depois existem também as diferenças culturais, a influência doutros coleguinhas e dos veículos informativos, e ainda outros factores, que podem todos juntos combinar-se para reforçar tal preconceito.

Notamos pois resumidamente, como o preconceito se manifesta, ainda que subtilmente, e quão cedo na vida se pode adquirir este cancro mundial. A pergunta que surge a cada um de nós é; manifesto eu tais atitudes aqui descritas? Será que posso melhorar neste campo? Tenho eu contribuído por palavras e acções, para que a minha família demonstre atitudes preconceituosas?
Se por acaso você se enquadrar, numa única discrição aqui mencionada, procure melhorar, este deste modo está contribuindo para remover este cancro mundial, a saber, o preconceito.

 

 

 

 

 

 

25.11.2005