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Maria do Socorro Cardoso Xavier

 

Fortuna Crítica: Gilma Sousa Tietler*

 

Opinião sobre obra de Maria do Socorro Cardoso Xavier

 

Socorro Xavier, um mundo, uma realidade.

Muito na verdade se pode dizer sobre ela, que escreve com muita emoção, traçando uma trajetória de encontros e desencontros, detalhando uma existência intensamente vivida com sofrimento, êxito e esperanças, sem perder a beleza de uma mulher eternamente jovem, apaixonada, chegando muitas vezes a "ser uma criança que procura discernir as verdades fundamentais da vida com doce olhar".

Mulher forte, alicerce, trave e cumieira, sequência viva de emoções e abrir as portas para a vida. Seu coração é um solo, é um vale onde brotam as paixões, forma-se nele um húmus poderoso, uma exuberância de sentimento que precisa se expandir. Mulher que acredita no amor, num grande e verdadeiro amor.

É através da poesia que ela vai desfazendo-se metaforicamente numa significação maior, soltando seu grito de existência e desnudando seu corpo com as vestes da emoção grafada, sem medo de falar ao mundo. Ela faz de seus versos, incolores na dimensão de seu valor maior, um assomar dos sentimentos. Vai desfazendo as normas impostas, abrindo assim as portas para um mundo que não é só seu, traçando seu corpo, sua alma com vestes de primavera e esperança, justificando nas entrelinhas da expressão um novo renascer. Seus gritos remetem a um novo eco, a uma outra linguagem que não a imediata, interligando sua esfera e motivando a esfera de cada um.

Por fim resta-nos tão-somente recuar, por não alcançar a precisão de sua caminhada, nem tampouco ser capaz de perceber a dimensão profunda de suas obras; por conseguinte, diante de tudo o que foi dito, o não dito ainda é bem maior.
 

 

(*) professora, graduada em letras, poeta, artista plástica paraibana, radicada na Alemanha desde 1993
 

 

 

Soares Feitosa, dez anos

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Luiz Nogueira Barros