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Luis Nogueira Barros

Andreas Achenbach, Germany (1815 - 1910), A Fishing Boat

Poesia:


Ensaio, crítica, resenha & comentário: 


Alguma notícia do autor:

 

Luiz Nogueira Barros

 

Jean Léon Gérôme (French, 1824-1904), Slave market

 

Michelangelo, 1475-1564, David, detalhe

 

 

 

 

 

Poussin, Rinaldo e Armida

 

 

 

 

 

Luiz Nogueira Barros


 

Bio-Bibliografia


Nascido em Pão de Açúcar a 02 de novembro de 1935. Em 1941 sua família mudou-se para Santana do Ipanema, onde permaneceu até 1950. Daí que entre próximo que será publicado, com ensaios, e contos, 30 contos retratam histórias de Santana do Ipanema.

Filho de Ernesto Vicente de Barros e Isaura Nogueira de Barros. Casado com Órlia Cavalcante Silva Nogueira Barros.

Médico, formado pela Faculdade de Medicina da UFAL, em 1963. Desde formado que está no serviço público federal. Médico do SESP e atualmente do INAMPS.

Livros: "O que se passa com o rei ? ", pela Editora Shogun, uma fábula sobre a guerra.

"A solidão dos espaços políticos", ensaio histórico sobre as décadas 30 \ 50 da história política alagoana.

"A saga dos Góis Monteiro", romance ainda não publicado.

"Perfil cultural do Século XXI em face da globalização", ensaio histórico não publicado.

"As Bodas do Senhor Prudente", peça de teatro, premiada com menção honrosa pela Academia Alagoana de Letras.

" Do sertão ao litoral" , coletânea de contos, crônicas e ensaios político-histórico-filosófico.

Sócio efetivo do Instituto Histórico e Geográfico de Alagoas, função de Segundo Secretário, em seguida Secretário Perpétuo em 2001. E da Academia Alagoana de Letras

Mantém Home Page na Internet, com poesias, ensaios, contos, fábula e temas da Segunda Grande Guerra Mundial, que pode ser acessada pelo seguinte endereço eletrônico:

http://www.luiznogueira.com.br

 

 

 

 

 

 

 

Jean Léon Gérôme (French, 1824-1904), The Picador

Luiz Nogueira Barros


 

Prezado amigo Soares Feitosa

Recebi seus "livretos" e "poemetos". Após a leitura logo compreendi tratar-se de pura alegoria semântica. Livretos são, por questões de número de páginas. Poemetos, jamais...

O poema "femina" (modo mulher) também tem seu lado "modo homem". É uma apologia à permanência do ente amado, que jamais terá ido embora. E mesmo quando aos poucos volatilizado pelas ingerências do tempo, com certeza, ao se fazer em últimos vapores também nos levará consigo. Jamais li alguma coisa tão bonita e real sobre a permanência do ente amado.

Li "Thiago" com intensa emoção. Jamais havia lido poetas, pelo menos os sociais, que procurassem o que de comum, ou mesmo de tão distante, existisse entre eles e os outros poetas. Entre você e Thiago existe a "ancestralidade das águas desejadas". As suas, escassas, absorvidas pelas terra que por vezes se faz em poeiras à menor brisa. As de Thiago, abundantes. E fico com a impressão de que entre os dois houve um "dilúvio inconcluso", de inclinações equivocados.

"Thiago", é um poema épico que começa em águas rasas, um vau de poeiras e rezas a José, o Santo errado. E segue. E anda. E desconfia de que o mundaréu de águas de Thiago não é apenas feito de chuvas, mas das lágrimas do poeta andarilho quando ali esteve, fugidio, maltratado pelas lembranças das suas terras secas e sofridas.

Nem preciso, meu caro amigo, continuar falando bobagens. Mas não poderia esquecer dos poetas que você vai falando, como andarilho, sejam Euclides da Cunha, Geraldo Mourão, Nertan Macêdo e Humberto Teixeira, que todos os poetas são parentes na medida em que são universais em seus cantos de dor, de angústia, de solidão. O Conselheiro, que há de ter lido "A Utopia", de T. Morus, jamais suspeitou que ela nasceu de um relatório de Fernão de Magalhães sobre a 'Terra do Fogo, embora haja vivido e conjecturado sonhos em terras escaldantes da Bahia, que ele também fez mais escaldantes ao temperar seus sonhos com o fogo sagrado, dos céus, e o fogo pecador, dos infernos.

Foi tudo muito rápido. Acabei de ler os dois poemas e logo me desloquei para o computador: internauta ainda sem os verdadeiros ângulos do universo, se é que eles existem. Aliás, em matéria de eternidade e infinito (infinitude) continuo não aceitando infinitos e eternidades negativos e positivos. Nem nada que possa ficar à esquerda, à direita, acima e abaixo de tais conceitos, até porque, se assim fosse possível, os próprios conceitos de eternidade e infinito estariam a precisar de nova "configuração". E também porque acredito que somente os poetas sabem o que significam infinito e eternidade, porque são filósofos. E quando assim concluo chego a ter pena dos físicos e matemáticos...

Vou ler os demais "poemetos". Voltarei a lhe fazer observações. Afeito ao mundo das análises políticos-históricas, e, por vezes também filosóficas, não sei se serei perdoado, cheguei a me perder em alguns poucos poemas sonhando também ser poeta.

Voltaremos ao assunto. Não estou surprêso com a qualidade dos seus poemas. Estou feliz. "As auroras criam". E um dia os poetas que estão nos abismos da terra serão "cuspidos de volta..."

Amém, meu amigo, pelas auroras criadoras. E por todos os poetas que haverão de nascer.

Luiz Nogueira Barros

 

 

Da Vinci, La Scapigliata

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Lauro Marques

 

 

 

 

 

Jean Léon Gérôme (French, 1824-1904)

 

 

 

 

 

Luiz Nogueira Barros



O fantasma e o vento



Pétalas sem cor
e sem perfume
da rosa
morta no ventre
da fantasia.

E no jardim
d’inesperado outono
ao sabor do vento
que passa leve
com passos de brisa
e sobre o chão
revolve os restos
do que foi sonho
há solidão.

E o vento diz
que ali um dia
houve uma rosa
que era a primeira,
tão grande e bela
mas só o projeto
que conheceu
no curto tempo
da duração
de ser botão.

E que ainda assim,
no tal jardim há o fantasma
de certo homem
que tenta em vão
compor com as pétalas
da rosa morta
o que foi sonho
de abrir-se ao mundo.

E que sempre fala
com a insistência
dos tresloucados
da morte inglória
do tal botão.
E em seus delírios
nas noites claras
chora a dor
da fantasia
que o enganou.
 

 

 

Michelangelo, Pietá

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Neide Archanjo

 

 

 

 

 

Poussin, The Judgment of Solomon

 

 

 

 

 

Luiz Nogueira Barros



O poder



Eis o poder :
É ali. Não é tão distante !

Mas digo-te que:
- por sua estrada
já passaram muitos homens,
com os seus sonhos,
deixando poeira
sobre as folhas e sobre as flores.

Aconteceu porém a muitos,
despreparados para essa viagem
que a fome, a sede e a desesperança,
aguardavam por eles no percurso.

E sabe-se que,
entre os poucos que ali chegaram,
alguns, despojados dos sonhos e mudados,
esqueceram-se da linguagem que falavam.

E será, talvez, por isso,
que gritam, urram e soltam bombas.

O poder é ali. Não é tão distante !...
 

 

 

Herbert Draper (British, 1864-1920), A water baby

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Maria Azenha

 

 

 

 

 

Thomas Cole (1801-1848), The Voyage of Life: Youth

 

 

 

 

 

Luiz Nogueira Barros



Do cantar e do falar



Cantar,
talvez não seja tudo.
Falar,
ainda não sei.

Cantar,
as aves cantam
um canto eterno e ritimado
na ondulação das árvores
nos bosques e campinas.

Falar,
falam e falaram
homens comuns e incomuns,
nas ruas, nas praças e nos púlpitos.

Se essas coisas doem
ainda não sei.
O que sei que dói é o silêncio
e que um dia hei de cantar,
mas sobretudo hei de falar...
 

 

 

Um cronômetro para piscinas

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Irineu Volpato

 

 

 

 

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