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Aparecida Mariano de Barros

Piracicaba, SP, 24/01/1923 - Jundiaí, SP, 29/12/2012

Da Vinci, La Scapigliata, detail

Ensaio, crítica, resenha & comentário: 


Alguma notícia da autora:

Culpa

 

Mary Wollstonecraft, by John Opie, 1797

 

 

 

 

 

Poussin, Rinaldo e Armida

 

 

 

 

 

Aparecida Mariano de Barros



Nota biográfica


Escritora e compositora. Filha de Antonio Joaquim Mariano e de Maria de Lemos Monteiro, Aparecida Mariano fez seus estudos no Colégio Irmãs de São José, em Piracicaba, e muito cedo começou a compor versos, que, já então, eram publicados pela imprensa em sua terra natal. Atualmente, faz parte de mais de 30 entidades literárias do Brasil e do exterior, sendo delegada do Instituto Cultural Português (RS) em Jundiaí; madrinha dos Trovadores; dama de honra e embaixatriz da Ordem Brasileira dos Poetas da Literatura de Cordel (BA) e detentora da Ordem do Mérito Carlos Gomes.

Tem trabalhos publicados nos jornais de Jundiaí e de Piracicaba e na revista Troféu; nas antologias Jundiaí Poética; Antologia Poética de Jundiaí; Momentos de nspiração; Caminhando Juntos; Letras Acadêmicas (da A.J.L.); Plaquetas e Coletâneas da Academia Feminina de Letras e Artes de Jundiaí; Escritores Brasileiros; Cadernos Literários e em mais de 50 outras coletâneas de poesia publicadas no Brasil. Sua poesia também foi direcionada para o campo musical, no qual começou a destacar-se em 1967, com Rancho Feliz, música gravada pela Phillips, após sua premiação no I Festival de Música Sertaneja de São Paulo, promovido pela Rádio e Televisão Paulista (atual Globo).

Rancho Feliz, lhe valeu, também, uma Medalha de Honra ao Mérito, outorgada pela Rádio Santos Dumont, de Jundiaí, em razão de ter sido a música mais solicitada pelos ouvintes dessa emissora em 1967. Em 1968, Aparecida Mariano voltou a classificar-se no concurso promovido pela emissora paulista, sendo sua música Samba de Amor remetida ao Arquivo da Cidade de São Paulo. Depois disso, teve várias outras músicas gravadas, como: Queixa, em fita K7, pela Golden Music; as guarânias Amargurado, em disco, por Zé Floresta e Florestal (Gravadora Califórnia) e Nosso Adeus, por Nonô e Naná (Gravadora Copacabana); o arrasta-pé Despedida, por Niuto, Neuto e Nardinho (Gravadora Califórnia); e a valsa Sabe Por Quê?, pelo seresteiro Cobrinha, com acompanhamento do maestro Caçulinha (Gravadora Califórnia). Seu primeiro livro, Quando o Sabiá Cantava, publicado pela Literarte, em 1985, recebeu do poeta maranhense Danilo Giuberti Filho, a seguinte apreciação: “Este livro, Quando o Sabiá Cantava, é um equilíbrio musical diante de sua mais profunda cosmovisão poética, de onde suas palavras se misturam sobre a força propulsora e motriz de sua veia lírica:


'O canteiro florido,
Há trevos mimosos
Que já foram pisados
Por namorados
Em descuidado enlevo.


A poesia de Aparecida Mariano de Barros se traduz numa sinfonia de luz, num canteiro de poesias, sintetizando a beleza na construção exata dos versos, numa engenharia que se aproxima com a poesia imaginária de Cecília Meireles. "O vento vadio, passa / Balouçando a vidraça / Que mostra a serrania / Num dia de sol." Este livro se consagra por si próprio. Ilumina o caminho dos leitores, numa viagem ao cosmo, passando pela Via-Láctea de Olavo Bilac. Realiza o sonho da poetisa Aparecida Mariano de Barros Quando o Sabiá Cantava, trazendo de volta para a nova poesia brasileira um gosto apurado, um sabor mítico e estético nteiramente social e humano. Merece nossos aplausos!.”

Em 1988, Aparecida Mariano lançou nova coletânea de poesias, sob o título Onde o Sabiá Fez o Ninho; em 2002, publicou À Sombra da Paineira – com o qual foi premiada no Concurso Nacional Literário “Benedito Rodrigues do Nascimento”, da Sociedade de Cultura do Brasil e Casa do Poeta Brasileiro, do Estado de Goiás; e em 2003, lançou Ouvindo a Cachoeira e Jundiaí nós te Amamos, pela C.N. Editora.

Além de numerosas participações em programas de TV e atuação como jurada em diversos festivais de música, Aparecida Mariano registra, em sua carreira, diversas premiações em concursos literários, como o primeiro lugar no XIII Prêmio Moutonée, da cidade de Salto, conquistado em 2002 com o poema A Diarista. Em 2003, repetiu a conquista do Moutonée, foi finalista no I Concurso Internacional de Trovas de Divinópolis-MG; classificou-se no Concurso Internacional de Quadras de Fuzetas (Portugal) e recebeu a Láurea Lítero-cultural “Dona Iraídes Amélia do Prado”, da Casa do Poeta Brasileiro (Goiás), além de medalhas de Menção Honrosa e diplomas de Menção Especial no IX Congresso Nacional e Internacional de Trovas realizado em Magé (Rio de Janeiro).

Também foi alvo de homenagem por parte de diversas instituições culturais, como a Casa do Mestre, que a destacou na capa do livro Glórias, com o qual foram comemorados os 40 anos de fundação da entidade. Em 1996, Aparecida Mariano de Barros foi biografada pelo poeta Rodolfo Coelho Cavalcanti, em literatura de cordel. Ocupa a cadeira nº 16 da Academia Jundiaiense de Letras e está catalogada nos Dicionários Jundiaienses de Música e de Literatura, publicados por Celso de Paula (Ed. Literarte, 1999).

 

 

Albrecht Dürer, Mãos

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Ricardo Alfaya

 

 

 

 

 

Poussin, Rinaldo e Armida

 

 

 

 

 

Aparecida Mariano de Barros


Senhor escritor

Soares Feitosa

Recebi "Estudos & Catálogos-Mãos", trabalho maravilhoso, trazendo-me recordações: os boizinhos da fazenda de um tio, e, principalmente, as pescarias na companhia de papai, nas barrancas do Rio Piracicaba. Que saudade! Um dos rios mais piscosos, hoje poluído. Às vezes, pescaria de rodada, quando o dourado era o rei dos peixes. Assado com batatas; o pintado, cujas postas enriqueciam o cuscuz.

Em todos os textos encontrei construções literárias exatas na maneira de expressar com destreza. Tropecei em algumas palavras: surubim, corgo, corró, mel de engenho. Este não seria o nosso melado ou melaço paulista?

Obrigado, Soares!

Com admiração,

Aparecida Mariano de Barros

 

 

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Ricardo Alfaya

 

 

 

 

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