Aparecida Mariano de Barros
Nota biográfica
Escritora e compositora. Filha de Antonio Joaquim Mariano e de Maria de Lemos Monteiro,
Aparecida Mariano fez seus estudos no Colégio Irmãs de São José, em Piracicaba, e
muito cedo começou a compor versos, que, já então, eram publicados pela imprensa em
sua terra natal. Atualmente, faz parte de mais de 30 entidades literárias do Brasil
e do exterior, sendo delegada do Instituto Cultural Português (RS) em Jundiaí;
madrinha dos Trovadores; dama de honra e embaixatriz da Ordem Brasileira dos Poetas
da Literatura de Cordel (BA) e detentora da Ordem do Mérito Carlos Gomes.
Tem trabalhos publicados nos jornais de Jundiaí e de Piracicaba e na revista Troféu;
nas antologias Jundiaí Poética; Antologia Poética de Jundiaí; Momentos de
nspiração; Caminhando Juntos; Letras Acadêmicas (da A.J.L.); Plaquetas e
Coletâneas da Academia Feminina de Letras e Artes de Jundiaí; Escritores
Brasileiros; Cadernos Literários e em mais de 50 outras coletâneas de poesia
publicadas no Brasil. Sua poesia também foi direcionada para o campo musical,
no qual começou a destacar-se em 1967, com Rancho Feliz, música gravada pela
Phillips, após sua premiação no I Festival de Música Sertaneja de São Paulo,
promovido pela Rádio e Televisão Paulista (atual Globo).
Rancho Feliz, lhe valeu, também, uma Medalha de Honra ao Mérito, outorgada
pela Rádio Santos Dumont, de Jundiaí, em razão de ter sido a música mais
solicitada pelos ouvintes dessa emissora em 1967. Em 1968, Aparecida Mariano
voltou a classificar-se no concurso promovido pela emissora paulista, sendo
sua música Samba de Amor remetida ao Arquivo da Cidade de São Paulo. Depois
disso, teve várias outras músicas gravadas, como: Queixa, em fita K7, pela
Golden Music; as guarânias Amargurado, em disco, por Zé Floresta e Florestal
(Gravadora Califórnia) e Nosso Adeus, por Nonô e Naná (Gravadora Copacabana);
o arrasta-pé Despedida, por Niuto, Neuto e Nardinho (Gravadora Califórnia); e
a valsa Sabe Por Quê?, pelo seresteiro Cobrinha, com acompanhamento do maestro
Caçulinha (Gravadora Califórnia). Seu primeiro livro, Quando o Sabiá Cantava,
publicado pela Literarte, em 1985, recebeu do poeta maranhense Danilo Giuberti
Filho, a seguinte apreciação: “Este livro, Quando o Sabiá Cantava, é um
equilíbrio musical diante de sua mais profunda cosmovisão poética, de onde
suas palavras se misturam sobre a força propulsora e motriz de sua veia lírica:
'O canteiro florido,
Há trevos mimosos
Que já foram pisados
Por namorados
Em descuidado enlevo.
A poesia de Aparecida Mariano de Barros se traduz numa sinfonia de luz,
num canteiro de poesias, sintetizando a beleza na construção exata dos versos,
numa engenharia que se aproxima com a poesia imaginária de Cecília Meireles.
"O vento vadio, passa / Balouçando a vidraça / Que mostra a serrania / Num dia de sol."
Este livro se consagra por si próprio. Ilumina o caminho dos leitores,
numa viagem ao cosmo, passando pela Via-Láctea de Olavo Bilac. Realiza o sonho
da poetisa Aparecida Mariano de Barros Quando o Sabiá Cantava, trazendo de volta
para a nova poesia brasileira um gosto apurado, um sabor mítico e estético
nteiramente social e humano. Merece nossos aplausos!.”
Em 1988, Aparecida Mariano lançou nova coletânea de poesias, sob o título Onde o
Sabiá Fez o Ninho; em 2002, publicou À Sombra da Paineira – com o qual foi premiada
no Concurso Nacional Literário “Benedito Rodrigues do Nascimento”, da Sociedade
de Cultura do Brasil e Casa do Poeta Brasileiro, do Estado de Goiás; e em 2003,
lançou Ouvindo a Cachoeira e Jundiaí nós te Amamos, pela C.N. Editora.
Além de numerosas participações em programas de TV e atuação como jurada em
diversos festivais de música, Aparecida Mariano registra, em sua carreira,
diversas premiações em concursos literários, como o primeiro lugar no
XIII Prêmio Moutonée, da cidade de Salto, conquistado em 2002 com o poema
A Diarista. Em 2003, repetiu a conquista do Moutonée, foi finalista no I
Concurso Internacional de Trovas de Divinópolis-MG; classificou-se no Concurso
Internacional de Quadras de Fuzetas (Portugal) e recebeu a Láurea Lítero-cultural
“Dona Iraídes Amélia do Prado”, da Casa do Poeta Brasileiro (Goiás), além de
medalhas de Menção Honrosa e diplomas de Menção Especial no IX Congresso
Nacional e Internacional de Trovas realizado em Magé (Rio de Janeiro).
Também foi alvo de homenagem por parte de diversas instituições culturais, como a
Casa do Mestre, que a destacou na capa do livro Glórias, com o qual foram comemorados
os 40 anos de fundação da entidade. Em 1996, Aparecida Mariano de Barros foi biografada
pelo poeta Rodolfo Coelho Cavalcanti, em literatura de cordel. Ocupa a cadeira
nº 16 da Academia Jundiaiense de Letras e está catalogada nos Dicionários
Jundiaienses de Música e de Literatura, publicados por Celso de Paula (Ed. Literarte,
1999).
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