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Brito Broca

 

Thomas Cole (1801-1848), The Voyage of Life: Youth

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Poesia:


Ensaio, crítica, resenha & comentário: 


Fortuna crítica: 


Alguma notícia do autor:

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Nelly Novaes Coelho

 

Jean Léon Gérôme (French, 1824-1904), The Grief of the Pasha

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Allan R. Banks (USA) - Hanna

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Brito Broca

 


 

BIOGRAFIA

 

Filho de André Broca e de Benedita Marieta Brito Broca, José Brito Broca, nasceu em Guaratinguetá SP no dia 6 de outubro de 1903.

Cursou a Escola Normal, formando-se em 1923, tendo sido o orador da turma. Quando ainda estudante, já colaborava no Correio Popular, no jornal semanal, de quatro paginas, que circulava aos domingos.

Em 1924, tendo sido fundado na cidade O Farol, órgão de oposição a política dos Alves (ou melhor, do Comendador Antônio de Paula Rodrigues Alves, irmão do Conselheiro e que era então chefe político do município) , uma crônica de sua autoria, publicada na seção social, obrigou o escritor a mudar-se para São Paulo.

Atraído pelo jornalismo, em 1927 é repórter de A Gazeta, da capital paulista, onde escreveu, sob o pseudônimo de Lauro Rosas, a crônica de abertura da seção social. Com a vitória da revolução de 30, novos órgãos surgiram na imprensa paulista, e Brito Broca, deixou, então, A Gazeta para trabalhar no jornal O Tempo, Folha do Tenentismo, e no A Razão, órgão ligado à Legião Revolucionaria. Em 1935, porém, voltou para a redação do Jornal A Gazeta, como responsável pela seção literária, datando daí suas primeiras crônicas sob o pseudônimo de Alceste.

Em 1937, a convite de Genolino Amado, transferiu-se para o Rio de janeiro, onde passou a trabalhar no antigo DIP, embora sem qualquer vinculação ideológica à política de Getulio Vargas. Por essa mesma época, foi chamado a colaborar com a Livraria José Olympio Editora, como redator de notas sobre as edições da Casa, tradutor e prefaciador de obras literárias. Ao mesmo tempo continuou a colaborar com A Gazeta, como redator da Sucursal.

Em 1944 publicou Americanos, vol. 15 da coleção Caderno Azul, da Editora Guairá Ltda., de Curitiba.

Em 1946, graças a generosidade de Jorge Lacerda, diretor do suplemento “Letras & Artes”, de “A Manhã”, tendo tido a oportunidade de realizar uma viagem a Buenos Aires, escrevendo, então, varias reportagens e entrevistas para esse órgão.

Em 1948, empreendeu, por conta própria, sua primeira e única viagem à Europa, sonho que sempre alimentou e que, pôde, afinal, realizar. E é fácil avaliar o que essa viagem representou para Brito Broca, ele que sempre viveu encharcado de literatura francesa e que, como bom intelectual sul-americano, também sentia os efeitos daquela “Sedução de paris” a que se referiu no ultimo ensaio do seu volume de estréia.

1956 foi um ano particularmente significativo na vida do escritor, pois assinalou o aparecimento do seu ensaio A Vida Literária no Brasil – 1900, em edição ilustrada do Serviço de Documentação do Ministério da Educação e Cultura, então dirigido pelo seu grande amigo e incentivador José Simeão Leal. Esse livro projetou em todo país o nome do escritor, pois foi quatro vezes premiado – pela Secretaria de Educação do Rio de Janeiro (Prêmio Paula Brito); pela academia Brasileira de Letras (Premio Silvio Romero); pela sociedade Paulista de Escritores (Prêmio Fábio Prado); e pelo Pen Club do Brasil (Prêmio Luísa Cláudio de Sousa). Nesse mesmo ano foi publicado outro trabalho de sua autoria: Raul Pompéia, vol. N7 21 da coleção “Grandes Vultos das Letras”, da Cia. Melhoramentos de São Paulo.

No ano seguinte publicou dois novos volumes: Horas de leitura, pelo Instituto nacional do Livro, e machado de Assis e a Política e outros Estudos, pela organização Simões Editora, do Rio.

Em 1960, foi lançada, depois de revista e aumentada, A Vida literária no Brasil – 1900, vol. 108 da coleção “Documentos Brasileiros”, da livraria José Olympio Editora. Quando se preparava para lançar o volume seguinte desse amplo painel da vida literária no Brasil – A Época Modernista - na madrugada de 20 de agosto de 1961 o escritor morre atropelado por um automóvel em disparada na praia do Flamengo.

Depois de sua morte, graças a dedicação dos amigos e à compreensão de órgãos oficiai s de cultura, foram publicadas mais quatro obras de Brito Broca:

Quando Havia Província, separata da Revista do Livro nº 21-22; Pontos de Referência, coletânea de ensaios organizada, ainda pelo escritor, pouco antes de sua morte; Memórias (incluindo o capitulo Quando havia Província ), vol.135 da Coleção “Documentos Brasileiros”; e Letras Francesas, coleção “Textos e documentos”, da Comissão Estadual de Literatura, do Conselho Estadual de Cultura.

Em 1979, por iniciativa de seu grande amigo Alexandre Eulálio, começaram a ser publicadas sua obras Reunidas (previstas para 16 volumes).
 

 

 

Vera Queiroz

 

William Blake (British, 1757-1827), Christ in the Sepulchre, Guarded by Angels

 

 

 

 

 

12/11/2007