Brito Broca
BIOGRAFIA
Filho de André Broca e de Benedita
Marieta Brito Broca, José Brito Broca, nasceu em Guaratinguetá SP no
dia 6 de outubro de 1903.
Cursou a Escola Normal, formando-se em
1923, tendo sido o orador da turma. Quando ainda estudante, já
colaborava no Correio Popular, no jornal semanal, de quatro paginas,
que circulava aos domingos.
Em 1924, tendo sido fundado na cidade
O Farol, órgão de oposição a política dos Alves (ou melhor, do
Comendador Antônio de Paula Rodrigues Alves, irmão do Conselheiro e
que era então chefe político do município) , uma crônica de sua
autoria, publicada na seção social, obrigou o escritor a mudar-se
para São Paulo.
Atraído pelo jornalismo, em 1927 é
repórter de A Gazeta, da capital paulista, onde escreveu, sob o
pseudônimo de Lauro Rosas, a crônica de abertura da seção social.
Com a vitória da revolução de 30, novos órgãos surgiram na imprensa
paulista, e Brito Broca, deixou, então, A Gazeta para trabalhar no
jornal O Tempo, Folha do Tenentismo, e no A Razão, órgão ligado à
Legião Revolucionaria. Em 1935, porém, voltou para a redação do
Jornal A Gazeta, como responsável pela seção literária, datando daí
suas primeiras crônicas sob o pseudônimo de Alceste.
Em 1937, a convite de Genolino Amado,
transferiu-se para o Rio de janeiro, onde passou a trabalhar no
antigo DIP, embora sem qualquer vinculação ideológica à política de
Getulio Vargas. Por essa mesma época, foi chamado a colaborar com a
Livraria José Olympio Editora, como redator de notas sobre as
edições da Casa, tradutor e prefaciador de obras literárias. Ao
mesmo tempo continuou a colaborar com A Gazeta, como redator da
Sucursal.
Em 1944 publicou Americanos, vol. 15
da coleção Caderno Azul, da Editora Guairá Ltda., de Curitiba.
Em 1946, graças a generosidade de
Jorge Lacerda, diretor do suplemento “Letras & Artes”, de “A Manhã”,
tendo tido a oportunidade de realizar uma viagem a Buenos Aires,
escrevendo, então, varias reportagens e entrevistas para esse órgão.
Em 1948, empreendeu, por conta
própria, sua primeira e única viagem à Europa, sonho que sempre
alimentou e que, pôde, afinal, realizar. E é fácil avaliar o que
essa viagem representou para Brito Broca, ele que sempre viveu
encharcado de literatura francesa e que, como bom intelectual
sul-americano, também sentia os efeitos daquela “Sedução de paris” a
que se referiu no ultimo ensaio do seu volume de estréia.
1956 foi um ano particularmente
significativo na vida do escritor, pois assinalou o aparecimento do
seu ensaio A Vida Literária no Brasil – 1900, em edição ilustrada do
Serviço de Documentação do Ministério da Educação e Cultura, então
dirigido pelo seu grande amigo e incentivador José Simeão Leal. Esse
livro projetou em todo país o nome do escritor, pois foi quatro
vezes premiado – pela Secretaria de Educação do Rio de Janeiro
(Prêmio Paula Brito); pela academia Brasileira de Letras (Premio
Silvio Romero); pela sociedade Paulista de Escritores (Prêmio Fábio
Prado); e pelo Pen Club do Brasil (Prêmio Luísa Cláudio de Sousa).
Nesse mesmo ano foi publicado outro trabalho de sua autoria: Raul
Pompéia, vol. N7 21 da coleção “Grandes Vultos das Letras”, da Cia.
Melhoramentos de São Paulo.
No ano seguinte publicou dois novos
volumes: Horas de leitura, pelo Instituto nacional do Livro, e
machado de Assis e a Política e outros Estudos, pela organização
Simões Editora, do Rio.
Em 1960, foi lançada, depois de
revista e aumentada, A Vida literária no Brasil – 1900, vol. 108 da
coleção “Documentos Brasileiros”, da livraria José Olympio Editora.
Quando se preparava para lançar o volume seguinte desse amplo painel
da vida literária no Brasil – A Época Modernista - na madrugada de
20 de agosto de 1961 o escritor morre atropelado por um automóvel em
disparada na praia do Flamengo.
Depois de sua morte, graças a
dedicação dos amigos e à compreensão de órgãos oficiai s de cultura,
foram publicadas mais quatro obras de Brito Broca:
Quando Havia Província, separata da
Revista do Livro nº 21-22; Pontos de Referência, coletânea de
ensaios organizada, ainda pelo escritor, pouco antes de sua morte;
Memórias (incluindo o capitulo Quando havia Província ), vol.135 da
Coleção “Documentos Brasileiros”; e Letras Francesas, coleção
“Textos e documentos”, da Comissão Estadual de Literatura, do
Conselho Estadual de Cultura.
Em 1979, por iniciativa de seu grande
amigo Alexandre Eulálio, começaram a ser publicadas sua obras
Reunidas (previstas para 16 volumes).
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