Flávio Aguiar
Nota do Editor
Este é o meu presente de Natal. A mim
também - a oportunidade de relê-lo. Aos leitores do JP: trata-se de
um trabalho de grande categoria. É o posfácio de Flávio (Wolf)
Aguiar ao Código dos Códigos, de Northorp Frye, de que
Flávio é tradutor.
O livro propriamente dito é excelente.
Recomendo-o. O meu, adquirido na Livro Técnico (adquirido, a
demonstrar que não estou a elogiar um presente), está todo riscado,
anotado, referenciado e será relido neste dia de Natal. É, como
disse acima, o meu presente de fim de ano.
A tradução de Flávio Aguiar, perfeita.
Jamais vi o tradutor pintado. O posfácio me pareceu tão grandioso
que cheguei a gastar alguns trocados com vários telefonemas até
localizar o senhor Aguiar em São Paulo. Não! Ele não respondeu. Sequer agradeceu. (O
que mais ainda valoriza este reconhecimento.)
Fiz a cópia em fac-símile. Está boa
para ler na tela; melhor para imprimir e ler na calma — rede ou
cama. Preferencialmente, rede. Melhor ainda como chamariz ao livro
de Northrop (Boitempo Editorial);
compre-o, será uma bela compra. Presentei-o; será um belo presente.
[Outro livro que muito me encantou neste 2005: Corpo,
território do sagrado, também comprado na livraria, de
Evaristo Eduardo Miranda, Paulus ou Loyola, não lembro o nome da
editora.]
Pena que Frye (foto) já tenha passado
desta para a melhor, senão faria saber a ele de toda a minha
admiração.
Agora o posfácio de Flávio Aguiar.
Sim, valem: livro e posfácio!
E o abraço do Soares Feitosa.
Fortaleza, CE, 24.12.2005.
Sent: Sunday, December 25, 2005 1:14 PM
Subject: Posfácio
Poeta Soares Feitosa,
Presente de Natal melhor que este
Posfácio era impossível! Li de cabo a rabo. Além das "ressonâncias"
propriamente ditas, o autor aborda outros temas que sempre foram de
meu interesse. Por exemplo, a menção feita a "uma passagem, uma
travessia" está de acordo com a melhor tradição judaico-cristã do
"homo viator". Acho mesmo que "Assim caminha a humanidade" seria um
ótimo subtítulo para a bíblia (ou para a maioria dos
seus livros), pois nela já é possível antever o homem de hoje e seus
"sistemas". De fato, não é só que a bíblia, como diz o autor
do Posfácio, tenha sido e continue sendo utilizada "para estabelecer
a barbárie e a exclusão" ou para "justificar atrocidades", ou que
muitos, hoje, a utilizem, indevidamente, "para construir um poder e
nele se perpetuar". O Antigo Testamento é, ele quase todo, TAMBÉM um
eloqüente exemplo da utilização do sagrado pelo homem para
"legitimação" de formas de poder. O Javé que clama contra o
derramamento do sangue de Abel transforma-se, depois, na bíblia, no
Deus sanguinário, o Deus dos exércitos, Dominus Deus Sabaoth. Estou
apenas observando, SEM QUERER JUSTIFICAR NENHUMA COISA NEM OUTRA.
Assim caminha a humanidade... Daí a importância de se conhecer a
bíblia, independente de se acreditar ou não no seu caráter
sagrado...
Mas estou divagando (!?)
MORAL DA HISTÓRIA: acabo de comprar
pela Internet o livro Código dos Códigos, do Northrop. Interesso-me
demais pelo tema! Valeu a dica!
Um feliz 2006, com o JP a todo vapor! Logo logo mando alguma coisa
para publicar.
Grande abraço!
Mauro Mendes |