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Luís Carlos de Morais Jr.

lmoraisjunior@uol.com.br

Da Vinci, La Scapigliata, detail

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Poesia:


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Fortuna crítica: 


Alguma notícia do autor:

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

John William Godward (British, 1861-1922),  A Classical Beauty

 

Leighton, Lord Frederick ((British, 1830-1896), girl

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Allan R. Banks (USA) - Hanna

 

 

Jorge Mautner

 

Estes poemas de Luís Carlos de Morais Junior irradiam emoções e sensações das mais diversas encruzilhadas e sendas perdidas do ser, das coisas, do destino e dos mais variados enfoques de interpretação da existência. Estes poemas se acolchoam uns aos outros, embora muitas vezes de modo contraditório, e dentro deles próprios harmonizam-se por contradição de opostos. Não é à toa que o autor ressalta entre suas vastas influências de verdadeiro vendaval culturalista a figura onipresente de Heráclito de Éfeso. É neste constante fluir que suas palavras são recriações de antigos poemas-fragmentos pré-socráticos agora transformados em dimensões atômicas e eletrônicas dignas desta nossa era kaótica e com o olho no porvir do genoma e da nanotecnologia. Mas o poeta agita o ser de maneira totalmente ultra-romântica dentro deste devir super-tecnológico, e não faz apenas ambos coexistirem, como os faz umbilicalmente interligados regozijarem-se contínua e descontinuamente de serem portadores desta condição.

Há poemas de amor, destilações de sutilezas que vão dos sonetos de Shakespeare até os devaneios dos sonetos de amor de Vila Rica do século dezoito. Depois odes e anti-odes numa simultaneidade Heideggeriana para a máquina e as máquinas. Devaneios de hai-kais desconstruídos e rapidamente reconstruídos com novos sentidos múltiplos. E por aí vai nosso genial poeta que transforma gritos em melodias e pensamentos em poesias. Vai do desvario até a lógica Aristotélica, sempre em sua linguagem totalmente original e antropofágica do Brasil-Universal. Seus poemas já partem da idéia fundamental de nossa importância cultural tumultuante e de mistura sem igual, democrática e radical hiper-tropical de um humanismo do vir a ser.

E tudo isto numa velocidade da luz, monólogos profundos misturados a diálogos de Torre de Babel em que a gritaria de vozes cria um coral de sinfonias batucadas no pandeiro da alma. Crítica e anti-crítica permanentes jorram de suas poesias, e todas elas dominadas pelo desejo de Eros, do amor e do amar, e quanto mais confusão e pecados, mais perdão e mais perdoar. São cânticos das religiosidades da Nova Era de um mundo Brasilificado, aonde toda dor encontra um eco e um super-contraponto de fulgurante e retumbante humor. Este poeta é profeta e pensador pré-socrático do Brasil universal do século XXI!!!!

Depois de ler este Larápio uma atmosfera de felicidade oceânica me invade, e começo a meditar sobre os desdobramentos que sua leitura me oferece em direção aos labirintos de outros universos, universos paralelos que vão brotando sem cessar incendiados pela labareda inicial de sua imaginação, e sei que este Larápio e multiplicador de tesouros da alma e do bem, merece mais do que um milhão de anos de perdão, merece na verdade um milhão de anos de exaltação, porque seus versos, sua mensagem, seus enigmas, sua pessoa, vive banhada e iluminada em permanente e eterna graça divina!!!!

(23 de Junho 2.004)

 

Allan R. Banks (USA) - Hanna

 

 

     
   

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

20/07/2006