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Roberto Prado

Thomas Colle,  The Return, 1837

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 


Poesia:


Ensaio, crítica, resenha & comentário: 


Conto: 


Alguma notícia do autor, suas páginas de www:

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

São Jerônimo, de Caravagio

 

William Bouguereau (French, 1825-1905), João Batista

 

 

 

 

 

 

 

 

Theodore Chasseriau, França, 1853, The Tepidarium

 

 

 

 

 

Roberto Prado


Sent: Wednesday, July 14, 2004 5:00 PM
Subject: Futuro

 

Soares:

Rapaz, acho muito saudável a sua postura em relação à baita encrenca que é definir, hoje, o que será a poesia do futuro. Acho uma doença, uma peste, uma enganação essa mania de poeta ficar buscando justificativas teóricas para o seu jeito de ver a vida e a poesia. O caboclo acaba virando um político da poesia, um soldado da academia (que hoje está nas universidades), um jesuíta do texto. É claro que a poesia de um sujeito que se leva tão a sério vai acabar ficando chata, compromissada, datada e carimbada. Uma poesia que não é, mas defende um suposto modo de ser.

Poesia sobre poesia. Eterna meta (merda) poesia. Poesia feita para agradar ao seu grupo, disciplinada e previsível. Você, Soares, com sua visão mais abrangente, é que está certo. O futuro que diga o que vai ficar para o futuro. Poeta não tem que se comportar como semiólogo, a menos que ele já seja de nascença e não por necessidade de defesa. Poesia é feita pra ser amada por uns e levar pau da maioria. O resto é silêncio. Hoje e no futuro. Um abraço e obrigado pelo carinho.
 

Roberto
 


Referência (definições de poesia e outros pecados):

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

20.10.2005, fsf.