Tereza Amaral

Tereza Amaral

As faces



Quantos somos cada um?
Dentro de nossas verdades?
Quantos somos na nossa metade?
Um par? Talvez três?
Faz de conta, leva a vida...
Ou vive tudo de uma vez.
Quantos somos quando se vive sem amor?
Insanos, cansados...
Simplesmente anestesiados...
Tolos enganados
Achando-se imunes a dor
Certos de que estamos certos
Fixos, herméticos
De olhos cerrados
Quantos somos?
Quantas faces temos?
Quando não somos amados?



 

Início desta página

Tereza Amaral

Nada


Nada é o que me cerca
O vejo em todas as direções!
Nada venta nada se mexe, nada me toca, apenas passa por mim!
Minha alma reflete todo esse nada, como um espelho reflete o sol.
Tudo iluminando como se nada houvesse!
Tantos rostos em trânsito... do nada saem, pro nada vão...
E nada faço para alcançá-los
Gostaria mesmo é de dissipá-los, como se nada fossem...
Como se nada representassem, como se nada fossem no amanhã!
Como se jamais pudesse amá-los ou tão pouco desejá-los, já que nada sou.
E esse meu tempo em que nada acontece, que nada tece, nem padece de ser nada, simples nada.
Eu te procuro e procuro a mim mesma!
Mesmo no escuro me acho em ti
Distante num nada que não é esse daqui.
E disperso... imerso nesse nada...
Ainda procuro tudo que possa achar no escuro
No Nada!


 

Início desta página

Tereza Amaral

Sonho



Quando fecho os olhos me reporto a um paraíso particular

Um lugar real, mas recriado para meus melhores dias...

Nele tenho tudo que um ser humano pode almejar...

A paz, a beleza, e todos os elementos da natureza disponíveis.

Entre toda criação divina existe uma que é a mais especial...

Sem a qual todo o resto nada vale...

Nada absolutamente nada é mais divino que sua presença.

É a verdade mais real do meu sonho.

O mais possível...

O que mais desejo...



 

Início desta página