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Junot Silveira
Falecimento
Morre jornalista Junot Silveira
Editoria de Internet
Leia uma de suas crônicas, O relógio da vida
08.05.2003
Familiares e amigos despediram-se hoje do
jornalista Junot José da Silveira, 80 anos. Ele morreu às 6 horas
desta quinta-feira (08) com falência múltipla dos órgãos, no
Hospital Jorge Valente, onde estava internado há mais de um mês. O
sepultamento foi no Jardim da Saudade.
Embora fosse jornalista, formado pela
Faculdade de Filosofia da Universidade Federal da Bahia, era chamado
de professor por todos que o cercavam. Era uma indicação do respeito
ao profissional que ajudou a contar a história da Bahia.
Mais de 40 anos em A TARDE
Junot ingressou no Jornal A TARDE em 1958 como redator e galgou
passos em várias funções. Foi repórter, noticiarista, editorialista,
correspondente em Sergipe e editor geral das edições de domingo.
Também deixou sua marca em outros periódicos, como a revista "O
Globo", de Porto Alegre.
Além das crônicas, Junot Silveira, publicou alguns livros. O
primeiro foi "O Romance de Tobias Barreto". Também escreveu "A Bahia
na voz dos Trovadores", "Simões Filho - In Memoriam", "Beatos e
Cangaceiros nas Artes Plásticas" e "São Cristóvão de Minha Saudade"
- In São Cristóvão Del Rei".
Natural de Aracaju (SE), Junot recebeu o título de Cidadão da Cidade
do Salvador, conferido pela Câmara Municipal. Foi um jornalista
premiado. Ganhou os concursos de reportagens Ranulfo Oliveira e
Simões Filho.
Ao longo da vida, o professor Junot recebeu títulos, diplomas,
medalhas, como a Thomé de Souza, a de Mérito de Macaúbas e a de
Pacificador com Palma, outorgada pelo Ministro do Exército General
Lucena, em 1995.
Foi Secretário de Governo do Estado de Sergipe, Secretário de Estado
para Assuntos Extraordinários de Divulgação e Informação da Bahia,
diretor da Casa Ruy Barbosa e professor adjunto de Catedrático da
Secretaria de Educação e Cultura.
Os títulos, no entanto, não eram o maior referencial do professor
Junot, como explica o diretor de Redação do Jornal A TARDE,
jornalista J.A. Cruz Rios. "Ele era uma pessoa de raros predicados:
modesta, amiga, sempre presente nas horas difíceis e que não deixava
transparecer seu valor pessoal e as virtudes do seu caráter e da sua
inteligência. Ele era muito modesto".
Amigo e colega de trabalho por mais de 40 anos do professor Junot,
J.A.Cruz Rios disse que o momento não é só de tristeza. "Trabalhamos
bem uns 50 anos. A perda nos entristece. A morte traz tristeza e a
de um amigo, além da tristeza, a saudade", disse. Junot era casado
com Cândida Silveira, tinha dois filhos, quatro netos e três
bisnetos.
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