Adelino Brandão
Bio-bibliografia
Educador, sociólogo, advogado, escritor, jornalista, conferencista, poeta e
historiador. Militou na imprensa durante mais de 40 anos, publicando seus
artigos, ensaios e reportagens nos jornais de São José do Rio Pardo,
Andradina, Araçatuba, Belém do Pará, Salvador-BA, João Pessoa-PB e
Jundiaí, além do jornal O Escritor, da União Brasileira de Escritores,
da qual fez parte.
Colaborou no Jornal das Letras, do Rio de Janeiro,
nas antigas revistas Careta, Fon-Fon, Amazônia e nos suplementos literários
do Correio Paulistano, Folha da Manhã, Diário de Notícias (Rio de Janeiro),
Gazeta do Rio Pardo, A Gazeta (São Paulo), Revista Brasiliense e Diário Oficial
(São Paulo). Veio residir em Jundiaí em 1968, quando transferiu sua cátedra
para o antigo Instituto de Educação Experimental (onde se aposentou), após
ter passado pelos Institutos de Educação de Araçatuba, Guararapes, Birigui,
Andradina e Cafelândia, lecionando Sociologia Geral e Educacional, História
da Civilização Brasileira, Português, Literatura Infantil, Geografia Humana
e do Brasil, Latim, Francês, Economia Política, História da Educação,
Filosofia e Filosofia da Educação, Educação Comparada, Psicologia da Educação,
História Natural, Biologia Educacional, Ciências e Estudos Brasileiros.
Teve passagem, ainda, pelos Colégios Salesianos de Araçatuba, Escola Normal
Livre de Guararapes, Escola Técnica de Comércio de Araçatuba, Colégio Metodista
de Birigui, lecionando para alunos do 1º e 2º graus; pelo Conservatório Musical
de Jundiaí, ministrando aulas de Música Popular Brasileira e Folclore; pela
Faculdade de Educação de Franca, ministrando cursos de pós-graduação; e pelas
Faculdades de Filosofia, Ciências e Letras de São José do Rio Pardo, de
Bragança Paulista e de Jundiaí, ministrando cursos de Folclore.
Ministrou vários Cursos de Oratória para advogados e proferiu conferências sobre
Euclides da Cunha e Os Sertões em dezenas de faculdades, inclusive junto
ao Curso de Língua e Literatura Portuguesa, para mestrandos e doutorandos,
na Universidade de Leeds, na Inglaterra.
Seu primeiro livro publicado,
Recortes de Folclore (1957), mereceu menção especial no I Concurso
Internacional de Tradições Populares Giuseppe Pitré, em Palermo, na Itália.
Depois desse, seguiram-se mais de 20 outros livros, entre eles: Euclides e o
Folclore (Literarte, Jundiaí, 1982) – Prêmio Euclides da Cunha, do Departamento
de Cultura da Secretaria de Educação do Estado de São Paulo (1957); Olavo Bilac
e o Serviço Militar Obrigatório – Prêmio Olavo Bilac, do Ministério do Exército;
Amadeu Amaral e o Folclore Brasileiro – Prêmio Amadeu Amaral, da Campanha
Brasileira de Defesa do Folclore e Secretaria da Cultura do Estado de São
Paulo; Cana de Açúcar, Álcool e Açúcar na História e no Desenvolvimento
Social do Brasil – Prêmio Fundação Cultural de Brasília e Fundação Sinhá
Junqueira, de São Paulo; Raízes Portuguesas da Baixada Santista –
(Literarte, Jundiaí, 1986 – Prêmio Centro das Comunidades Portuguesas da
Baixada Santista); José Veríssimo e a Educação Nacional – Prêmio Grandes
Educadores do Brasil, do Ministério da Educação (1987); Conceito de Direito
Administrativo – Menção Honrosa da Universidade Federal do Paraná (1985); A
Previdência Social e o Direito do Trabalho – Prêmio Eloy Chaves, da Faculdade
de Direito da Universidade de São Paulo; Liberdade Sindical e Sociologia do
Trabalho – Prêmio Oliveira Viana, do Superior Tribunal do Trabalho (2º lugar);
Salvaguardas Populares na Constituição – Prêmio Raymundo Faoro, da Ordem dos
Advogados do Brasil, Secção de Santa Catarina; A Noite de Al-Kadr: Maomé, o
Islã e a Civilização Ocidental – Prêmio Centro Cultural Islâmico de Brasília
e Real Embaixada da Arábia Saudita (2º lugar); Aproximação a Zé Lins
(Introdução à Novelística de José Lins do Rego) – Prêmio José Lins do Rego,
da Fundação Espaço Cultural da Paraíba; Presença dos Irmãos Grimm na Literatura
Infantil e no Folclore Brasileiro (Literarte, Jundiaí, 1989) – Prêmio Irmãos
Grimm, do Goethe Institut e Inter-Nationes, República Federal da Alemanha e
Fundação do Livro InfantoJuvenil do Rio de Janeiro. Também obtiveram premiações
os inéditos: Raízes do Direito Português no Direito Brasileiro – Prêmio Dr.
João das Regras, do Instituto Brasileiro de Direito Comparado; Rui Barbosa e
o Direito das Nações – Prêmio Rui Barbosa, da Fundação Casa de Rui Barbosa e
Ordem dos Advogados do Brasil-RJ; Direito Racial e as Culturas Negras – Prêmio
Centenário da Abolição, da Ordem dos Advogados do Brasil-RJ.
Em 1998, na comemoração dos 500 anos da chegada de Vasco da Gama a Calicut, Brandão
recebeu o Prêmio “Portugal e o Mundo”, concedido pelo Grêmio Literário e
Recreativo Português, de Belém-PA, e equivalente a uma viagem a Portugal,
por trabalho de pesquisa histórica sobre Vasco da Gama e o significado de
sua viagem às Índias. Em 1997, lançou, pela Ibrasa (São Paulo), A Sociologia
de Os Sertões e Paraíso Perdido: Euclides da Cunha, Vida e Obra, que tiveram
grande sucesso de público e de crítica. Em 2002 publicou, pela Literarte,
Euclides da Cunha – Bibliografia Comentada, e pela Editora Juarez de Oliveira,
Direito Racial Brasileiro – Teoria e Prática.
Brandão foi membro-fundador e
presidente da Academia Jundiaiense de Letras e até falecer fez parte da
Academia Jundiaiense de Letras e Ciências Jurídicas. Está verbetado em
diversas publicações especializadas, entre as quais o Dicionário Jundiaiense
de Literatura, de Celso de Paula, publicado em 1999.
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