Mais de 3.000 poetas e críticos de lusofonia!

Joedson Adriano

odeaosdeusesjoedson@gmail.com

Thomas Colle,  The Return, 1837

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 


Poesia:

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Ruth, by Francesco Hayez

 

William Bouguereau (French, 1825-1905), L'Innocence

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Mais de 3.000 poetas e críticos de lusofonia!

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

John William Godward (British, 1861-1922), Belleza Pompeiana, detail

 

 

 

 

  

 

 
 

Joedson
 


 

 

Estrofe 141

eu sou tudo pra mim e por mim até o máximo 
me desliguei dos deuses pra ser um deus sozinho 
eu sou único e último e o meu único próximo 
sumi com o superser e os semelhantes por lei 
até quando não sei eu sou o meu ser supremo 
não obedeço aos óbices nem se de olorum enviados 
de nenhum capataz ou capanga não capaz 
que é maior que temer a tentação de teimar 
sou mandante de mim mesmo e nem a mim obedeço 
que ter o que fazer nem se de fácil feitura 
pode ser excelente ao extremo dos êxtases 
todavia ter que fazer nem se o feitor for o fado 
é demasiado ruim pra quem se rege o reino 
nenhum egum glutão das glebas glaciais 
regular-me-á o ir pro íntimo dos imos 
de fora até o fundo de meu frenético ímã 
por ser de ética hepática de extensa tradição 
nem no mínimo mecânico de moto peristáltico 
que me morfoseio em ente pro êxito de existir 
mas do máximo cinético de quem eu sou por ser 
de dentro até a derme de meu dínamo ôntico 
eu regulo a gula e o gume de gourmet 
dum behaviorista bog do bolsão de insciência 
ao escrever evoés em estrofes de antever 

 

Estrofe 142

o meu ódio poliódico à paz-passividade 
que do cômodo quarto em cármicas mimeses 
edifica um canto de cada qual no seu canto 
e desmistifica um ídolo de indolentes indos 
com trovas contraria a não contrair crenças 
a ataviada atividade que se atira nas coisas 
como se coisa fosse quem se ferra por fé 
e o atávico ativismo que não ativa o cérebro 
do fastidioso fard a favor das divindades 
que atrai e fanatiza os de frígido filo 
que retrai e fragiliza os de flácido falo 
com suas setas de chumbo pra não se chupar as xenas 
meus parabéluns pra paz de não se pôr clemente 
que o combate contra os castigantes deuses 
tem vantagem avante pra altitude astral 
de não sujar de sangue ou santo ou inocente 
o campo de batalha que os bárbaros batizam 
porque não há inocência por iluminação íntima 
nem santidade surreal no céu do misticismo 
e se de quando em quando a caquética paz 
entope meu coração com coalhos de calmaria 
é só pra externar que meu exército encefálico 
carece de começar sem comércio de tréguas 
novos combates contra as contraditórias réguas 
 

 

 

 
 

 

 

 
Conceição Paranhos

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Ana Cristina Souto