Estrofe 141
eu sou tudo pra
mim e por mim até o máximo
me desliguei dos deuses pra ser um deus sozinho
eu sou único e último e o meu único próximo
sumi com o superser e os semelhantes por lei
até quando não sei eu sou o meu ser supremo
não obedeço aos óbices nem se de olorum enviados
de nenhum capataz ou capanga não capaz
que é maior que temer a tentação de teimar
sou mandante de mim mesmo e nem a mim obedeço
que ter o que fazer nem se de fácil feitura
pode ser excelente ao extremo dos êxtases
todavia ter que fazer nem se o feitor for o fado
é demasiado ruim pra quem se rege o reino
nenhum egum glutão das glebas glaciais
regular-me-á o ir pro íntimo dos imos
de fora até o fundo de meu frenético ímã
por ser de ética hepática de extensa tradição
nem no mínimo mecânico de moto peristáltico
que me morfoseio em ente pro êxito de existir
mas do máximo cinético de quem eu sou por ser
de dentro até a derme de meu dínamo ôntico
eu regulo a gula e o gume de gourmet
dum behaviorista bog do bolsão de insciência
ao escrever evoés em estrofes de antever
Estrofe 142
o meu ódio
poliódico à paz-passividade
que do cômodo quarto em cármicas mimeses
edifica um canto de cada qual no seu canto
e desmistifica um ídolo de indolentes indos
com trovas contraria a não contrair crenças
a ataviada atividade que se atira nas coisas
como se coisa fosse quem se ferra por fé
e o atávico ativismo que não ativa o cérebro
do fastidioso fard a favor das divindades
que atrai e fanatiza os de frígido filo
que retrai e fragiliza os de flácido falo
com suas setas de chumbo pra não se chupar as xenas
meus parabéluns pra paz de não se pôr clemente
que o combate contra os castigantes deuses
tem vantagem avante pra altitude astral
de não sujar de sangue ou santo ou inocente
o campo de batalha que os bárbaros batizam
porque não há inocência por iluminação íntima
nem santidade surreal no céu do misticismo
e se de quando em quando a caquética paz
entope meu coração com coalhos de calmaria
é só pra externar que meu exército encefálico
carece de começar sem comércio de tréguas
novos combates contra as contraditórias réguas
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