Essa preciosidade de obra, Compadre Primo*, me pareceu uma
sinfonia gravada num disco de 78 rpm. Tive que buscar lá
dentro de mim a vitrola de corda pra poder apreciar a sua
beleza. Meu lugar é o Paraná. No meio do mato - um lugar que
tem montanhas e montanhas envolvendo um pequeno vale - mas
a gente lá as chama de serra e não de montanha. A atiradeira
chamamos estilingue; no mais a passarada repete os mesmos
nomes - ou quase. Eu não acertava nem lagartixa - então dei
um jeito de me vingar da fraca pontaria atirando uma única
vez com uma espingarda-de-carregar-pela-boca... dá um soco
no peito e sai chumbo pra todo lado! Foi ontem, não, foi
inda agorinha também. Já cheguei pelos 50!
Tenho que descobrir estes livros do Ascenlino Leite**,
Soares Feitosa e os demais. Meu entretenimento tem
sido garimpar esse universo virtual e tenho descoberto jóias
raras e preciosas como esta do Compadre Primo. Descobrir é
sempre bom e, antes tarde do que nunca!