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Soares Feitosa, dez anos

 

 

 

Estudos & catálogos — mãos

 

 


 

 

Dos leitores

 

Bernadette Lyra

 

[...] digo que já li o papé do Soares. 

Deslumbramento! Sou fã de carteirinha desse senhor e até sonho com ele (às vezes, arrodeado de cabras, bezerros e demais bichins e de chapéu de couro; às vezes de terno e gravata, folheando um ror de leis e petições e mais quejandos)!

Bem, caro escritor e amigo, vou lhe enviar uma orrespondência em separado, para seu endereço postal. Assim, aproveito e mando um livrinho meu, coisinha pouca, nonada, de frente a seu traquejo com as palavras.

Bernadette, a boquiaberta.

 

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Erorci Santana

 

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Teresa Schiappa

 

Caro Soares Feitosa

Foi um prazer inesperado e grande receber os seus "Estudos &
Catálogos-Mãos", penso que separata do Jornal de Poesia. O Prof. Carlos
Moisés, amigo de há longa data, deu-me a conhecer essa obra extraordinária que é o seu Jornal de Poesia electrónico (brasileiro mas também português, como pude verificar).

Do pouco que ainda consultei (além do site de Carlos Moisés, algums itens de passagem) encantaram-me não apenas excelentes momentos de poesia - incluo as apreciações que falam dela - mas também o bom gosto na organização dos materiais e na disposição visual. Com a leitura do seu livrinho fico a compreender melhor a dinâmica que permite um empreendimento tão vasto e ao mesmo tempo tão singularizado: está nele presente o mesmo amor à efabulação poética, a mesma atenção ao pormenor pitoresco e criativo,  que associa sem preconceitos o Virgílio "antigo" e o "moderno" e não deixa sequer esquecidos os diferentes AA  nas tarefas banais da "catalogação" (uma verificação ainda a fazer!).

Achei muito interessantes as apreciações dos poetas referenciados (Virgílio Maia e Rogério Lima) pelo seu estilo  exuberante de humor e de riqueza humana, em que convive naturalmente uma multiplicidade de registos; a mesma que é sensível, nos poemas, entre o distanciamento lírico de "Architectura" e a proximidade excessiva, e mesmo dolorosa, de "No céu tem Prozac" - para citar os dois poemas que, por razões diversas, melhor retive  após a leitura.

Como talvez saiba através do Carlos Moisés, sou uma platonista (às vezes pessoanista), remediada com o ensino do Latim - que, aliás, gosto de ensinar; a dispersão de actividades e a acumulação de autores, que é o nosso tempo presente, torna assim mais preciosa  a oportunidade de convívio com outros modos de exprimir poesia - como para mim foi, flagrantemente, a leitura de Estudos & Catálogos-Mãos. 

Duplamente grata por "este abraço" que os acompanha, cumprimenta cordialmente a Maria Teresa Azevedo

 

 

 

Sérgio Godoy

 

 

 

Prezado Soares Feitosa

Foi com agradável surpresa que abro minha porta e recebo Estudos & Catálagos. O dia em Amsterdã ficou mais fácil... 

Gostei bastante do prefácio e fiquei intrigado com os textos; amavelmente, intrigado. Gostaria de mais uma vez agradecer, ainda que na distância, toda sua atenção e carinho.

Um grande abraço,

Sergio Godoy - Holanda

 

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Antônio Lauri de Oliveira

 

Caro poeta Soares Feitosa.

Sendo eu gaúcho e morador do Rio de Janeiro, não posso negar uma certa dificuldade em "decodificar" o tão típico e especial linguajar nordestino. Apesar de inúmeras amizades nordestinas.

 Lauri

PS: Li em sua página, sua carta ao poeta Ascendino e claro, me deliciei. Que manjar saboroso, temperado com os legítimos temperos nordestinos!

Abraço, L.

 

Num 2º email:

Caríssimo Soares Feitosa.

 Finalmente recebi o "papé" enviado por você. Mas antes de falar sobre ele, respondo sua pergunta: entrei na Secretaria da Receita Federal na turma de Técnicos de Tributação, no ano de 1970. Muitos anos se passaram, e claro, já estou aposentado desde 1994. Já entrei na Receita com 11 anos de serviço.

Agora, ESTUDOS & CATÁLOGOS-MÃOS:

Deliciei-me com a leitura desse prefácio. Deliciei-me com a beleza da engenharia literária, com a escolha das palavras, com a descrição da marcação do gado, com os nomes das pessoas. Deliciei-me especialmente com a maneira como você falou das comidas, do "doce de sangue de porco", o chouriço. Que maravilha é o chouriço! Depois do chouriço, você me fala do mel de engenho com farinha. Coisa dos Deuses.

Que bom, poeta, foi ler esse belo prefácio que você escreveu para seu amigo(suponho) Virgilio Maia. Eu, no lugar de Virgilio, estaria muito feliz, por esse presente tão generoso. E certamente ele está.

Como disse um dos que escreveram a você (eu li todos, incluindo o econômico Affonso Romano de Sant'Ann-Valeu! ars-), seu prefácio é uma peça literária. E vou mais longe. Acho que esse prefácio tem vida prípria.

Parabéns por seu trabalho, por suas palavras, por sua poesia. Obrigado pelo "papé".

Grande abraço,

Lauri

 


 

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Dean Falek

Meu caro amigo, você me mostrou as portas e me disse com outras palavras que a chave é o talento e este, não podemos disperdiçar de jeito nenhum. Muito obrigado meu amigo. 

Bom, meu caro Soares, quando falei que você é um Mestre, não foi de brincadeira. A realidade é que eu li o seu texto e achei impressionante a forma com que você mexe com as palavras. Acredite em mim, quando te chamei de gênio não estava mentindo nem zombando, e sim dizendo a verdade.

Um abraço

Dean Falek

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João A. Campato Júnior

Prezado Soares Feitosa:

O carteiro acaba de entregar-me o Jornal de Poesia - Estudos & Catálogos - Mãos, exatamente quando estava dando uma olhada na TV Diário. É  bom ter uma dose de Ceará quando aqui em SP o tempo já está querendo virar. Vou ler com gosto a publicação e, posteriormente, enviar-lhe minha opinião. No entanto, como diz o prof. Massaud Moisés, folheando o livreto para "tomar-lhe o pulso", gostei do que vi. Por sinal, gostei antes de ver: a idéia do envelope aberto, com um convite para o carteiro, é deliciosamente generosa. Caro Soares, se tiver interesse, posso enviar-lhe uma obra minha - ensaio literário -, publicada no ano passado, sobre José de Alencar e sua polêmica com os defensores da Confederação dos Tamoios.

 Para terminar por hoje, ainda não entendi (tenho dificuldade congênita de entender o que quer que seja) se tem ou não interesse em publicar meu pequeno artigo sobre o Ferreira Gullar.

Aceite meus agradecimentos, cumprimentos e admiração

João A. Campato JR

 

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Jon Tonucci

Caro senhor Feitosa,

sou-lhe muito grato por haver recebido em casa, durante um dia costumeiro qualquer, um pacote de sentimentos tão belos como os que o senhor me enviou. Um verdadeiro apanhado da alma: lembranças dos finais de semana que passava na fazenda do meu avô. Toda a produção honra a palavra escrita, magistral e tocante. Obrigado por me proporcionar momentos de recanto e fuga: como dizia Guimarães Rosa, é nas coisas pequenas que Deus se esconde.

Abraços de Minas,

Jon Tonucci

 

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Terezinha Carvalho de Morais

Amigo-poeta

Quatro paredes,um gole d’água,um galo calado,umas pontas quebradas,um riso esquecido,uns papeis amassados,uma cadeira amarela e naquele amarelo não tingido a priori de mim encolhida, embebida, alimentando-me da tarde e da introspeccão embriagadora nas horas das quatro- era só um dia de sol, de sertão, de feijão, de abril e de poesia, e de carta. de carta?!  sim, de carteiro e tudo com correspondência timbrada: JP.  

No amarelo em mãos reconheci o meu corajoso nome, era para mim(fiquei azul de curiosidade). como um amarelo viajado poderia ter sido enviado para mim? Como descobriram-me neste invólucro de poesias, sonhos e cajus?  a tarde recolhia-se e abraçava a noite. Quem me descobriu? quem?

Foi ele,sim foi ele!

O vaqueiro que faz sua sorte, o dono das mãos que tercem as manhas e que sabe fazer arte na vida, aquele que ver ferrar o boi dos sonhos de menino, a voz daquele que abóia aos ventos,o dono do perfume que banha a aurora e que ler o mundo com a empiria dos sábios.

Sim foi ele, o meu amigo, um amigo sim que presenteou-me surpresas e palavras colhida dos tempos, um amigo desconhecido e hábil que ofereceu-me o cálice da doce sensação de ser descoberta. Eu tinha um amigo e nem sabia. sim ele era, ele era um amigo-poeta.

E o amarelo?! e o azul?! e o fim de tarde?! Tingiram-se todos de cores: de soares, de feitosas, de terezas, de marias, rúis, virgílios, rosas e de poesias.  

Valeu mesmo!        

Queria oferecer-lhe amigo-poeta algo de pincelada minha mas não sei se devo e fica a interrogação se desejarias algo assim tanto tempo engavetada no sonho de menina junto com os grilos, os aninhos, os sonhos e o cheiro de café de lenha da simplicidade das horas.

 

                                      Terezinha Carvalho

 

 

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