Erorci Santana
Teresa Schiappa
Caro Soares Feitosa
Foi um prazer inesperado e grande receber os seus "Estudos
&
Catálogos-Mãos", penso que separata do Jornal de Poesia. O
Prof. Carlos
Moisés, amigo de há longa data, deu-me a conhecer essa obra
extraordinária
que é o seu Jornal de Poesia electrónico (brasileiro mas também
português,
como pude verificar).
Do pouco que ainda consultei (além do site de Carlos Moisés,
algums itens de
passagem) encantaram-me não apenas excelentes momentos de poesia -
incluo as
apreciações que falam dela - mas também o bom gosto na organização
dos
materiais e na disposição visual. Com a leitura do seu livrinho
fico a
compreender melhor a dinâmica que permite um empreendimento tão
vasto e ao
mesmo tempo tão singularizado: está nele presente o mesmo amor à
efabulação
poética, a mesma atenção ao pormenor pitoresco e criativo,
que associa sem
preconceitos o Virgílio "antigo" e o "moderno"
e não deixa sequer esquecidos
os diferentes AA nas tarefas banais da "catalogação"
(uma verificação
ainda a fazer!).
Achei muito interessantes as apreciações dos poetas referenciados
(Virgílio
Maia e Rogério Lima) pelo seu estilo exuberante de humor e de
riqueza
humana, em que convive naturalmente uma multiplicidade de registos;
a mesma
que é sensível, nos poemas, entre o distanciamento lírico de
"Architectura"
e a proximidade excessiva, e mesmo dolorosa, de "No céu tem
Prozac" - para
citar os dois poemas que, por razões diversas, melhor retive
após a
leitura.
Como talvez saiba através do Carlos Moisés, sou uma
platonista (às vezes
pessoanista), remediada com o ensino do Latim - que, aliás, gosto
de
ensinar; a dispersão de actividades e a acumulação de autores,
que é o nosso
tempo presente, torna assim mais preciosa a oportunidade de
convívio com
outros modos de exprimir poesia - como para mim foi, flagrantemente,
a
leitura de Estudos & Catálogos-Mãos.
Duplamente grata por "este abraço" que os
acompanha, cumprimenta
cordialmente a
Maria Teresa Azevedo
Sérgio
Godoy
Prezado Soares Feitosa
Foi
com agradável surpresa que abro minha porta e recebo Estudos &
Catálagos. O dia em Amsterdã ficou mais fácil...
Gostei
bastante do prefácio e fiquei intrigado com os textos; amavelmente,
intrigado. Gostaria de mais uma vez agradecer, ainda que na distância,
toda sua atenção e carinho.
Um
grande abraço,
Sergio
Godoy - Holanda
Antônio
Lauri de Oliveira
Caro poeta
Soares Feitosa.
Sendo
eu gaúcho e morador do Rio de Janeiro, não posso negar uma certa
dificuldade em "decodificar" o tão típico e especial
linguajar nordestino. Apesar de inúmeras amizades nordestinas.
PS:
Li em sua página, sua carta ao poeta Ascendino e claro, me
deliciei. Que manjar saboroso, temperado com os legítimos
temperos nordestinos!
Abraço,
L.
Num
2º email:
Caríssimo
Soares Feitosa.
Finalmente
recebi o "papé" enviado por você. Mas antes de falar
sobre ele, respondo sua pergunta: entrei na Secretaria da
Receita Federal na turma de Técnicos de Tributação, no ano de
1970. Muitos anos se passaram, e claro, já estou aposentado
desde 1994. Já entrei na Receita com 11 anos de serviço.
Agora,
ESTUDOS & CATÁLOGOS-MÃOS:
Deliciei-me
com a leitura desse prefácio. Deliciei-me com a beleza da
engenharia literária, com a escolha das palavras, com a descrição
da marcação do gado, com os nomes das pessoas. Deliciei-me
especialmente com a maneira como você falou das comidas, do
"doce de sangue de porco", o chouriço. Que maravilha
é o chouriço! Depois do chouriço, você me fala do mel de
engenho com farinha. Coisa dos Deuses.
Que
bom, poeta, foi ler esse belo prefácio que você escreveu para
seu amigo(suponho) Virgilio Maia. Eu, no lugar de Virgilio,
estaria muito feliz, por esse presente tão generoso. E
certamente ele está.
Como
disse um dos que escreveram a você (eu li todos, incluindo o
econômico Affonso Romano de Sant'Ann-Valeu! ars-), seu prefácio
é uma peça literária. E vou mais longe. Acho que esse prefácio
tem vida prípria.
Parabéns
por seu trabalho, por suas palavras, por sua poesia.
Obrigado pelo "papé".
Dean Falek
Meu caro amigo, você me mostrou as portas e me disse com
outras palavras que a chave é o talento e este, não podemos
disperdiçar de jeito nenhum. Muito obrigado meu amigo.
Bom,
meu caro Soares, quando falei que você é um Mestre, não
foi de brincadeira. A realidade é que eu li o seu texto e achei
impressionante a forma com que você mexe com as palavras. Acredite em mim,
quando te chamei de gênio não estava mentindo nem zombando, e sim dizendo a
verdade.
Um abraço
Dean
Falek
João A. Campato
Júnior
O carteiro acaba de entregar-me o Jornal
de Poesia - Estudos & Catálogos - Mãos, exatamente
quando estava dando uma olhada na TV Diário. É bom ter uma
dose de Ceará quando aqui em SP o tempo já está querendo virar.
Vou ler com gosto a publicação e, posteriormente, enviar-lhe
minha opinião. No entanto, como diz o prof. Massaud Moisés,
folheando o livreto para "tomar-lhe o pulso", gostei do
que vi. Por sinal, gostei antes de ver: a idéia do envelope
aberto, com um convite para o carteiro, é deliciosamente
generosa. Caro Soares, se tiver interesse, posso enviar-lhe
uma obra minha - ensaio literário -, publicada no ano passado,
sobre José de Alencar e sua polêmica com os defensores da
Confederação dos Tamoios.
Para terminar por hoje,
ainda não entendi (tenho dificuldade congênita de entender
o que quer que seja) se tem ou não interesse em publicar meu
pequeno artigo sobre o Ferreira Gullar.
Aceite meus agradecimentos,
cumprimentos e admiração
Jon Tonucci
sou-lhe
muito grato por haver recebido em casa, durante um dia costumeiro
qualquer, um pacote de sentimentos tão belos como os que o senhor
me enviou. Um verdadeiro apanhado da alma: lembranças dos finais
de semana que passava na fazenda do meu avô. Toda a produção
honra a palavra escrita, magistral e tocante. Obrigado por me
proporcionar momentos de recanto e fuga: como dizia Guimarães
Rosa, é nas coisas pequenas que Deus se esconde.
Terezinha
Carvalho de Morais
Amigo-poeta
Quatro
paredes,um gole d’água,um galo calado,umas pontas quebradas,um
riso esquecido,uns papeis amassados,uma cadeira amarela e naquele
amarelo não tingido a priori de mim encolhida, embebida,
alimentando-me da tarde e da introspeccão embriagadora nas horas
das quatro- era só um dia de sol, de sertão, de feijão, de abril
e de poesia, e de carta. de carta?!
sim, de carteiro e tudo com correspondência timbrada: JP.
No
amarelo em mãos reconheci o meu corajoso nome, era para mim(fiquei
azul de curiosidade). como um amarelo viajado poderia ter sido
enviado para mim? Como descobriram-me neste invólucro de poesias,
sonhos e cajus? a tarde
recolhia-se e abraçava a noite. Quem me descobriu? quem?
Foi
ele,sim foi ele!
O
vaqueiro que faz sua sorte, o dono das mãos que tercem as manhas e
que sabe fazer arte na vida, aquele que ver ferrar o boi dos sonhos
de menino, a voz daquele que abóia aos ventos,o dono do perfume que
banha a aurora e que ler o mundo com a empiria dos sábios.
Sim
foi ele, o meu amigo, um amigo sim que presenteou-me surpresas e
palavras colhida dos tempos, um amigo desconhecido e hábil que
ofereceu-me o cálice da doce sensação de ser descoberta. Eu tinha
um amigo e nem sabia. sim ele era, ele era um amigo-poeta.
E
o amarelo?! e o azul?! e o fim de tarde?! Tingiram-se todos de
cores: de soares, de feitosas, de terezas, de marias, rúis, virgílios,
rosas e de poesias.
Valeu
mesmo!
Queria
oferecer-lhe amigo-poeta algo de pincelada minha mas não sei se
devo e fica a interrogação se desejarias algo assim tanto tempo
engavetada no sonho de menina junto com os grilos, os aninhos, os
sonhos e o cheiro de café de lenha da simplicidade das horas.
Terezinha Carvalho