Geninha Rosa Borges
Pequena biografia
Maria Eugênia Franco de Sá da Rosa Borges, conhecida como Geninha da Rosa Borges
foi uma atriz brasileira. Era formada em Pedagogia e Letras anglo-germânicas pela
Faculdade de Filosofia do Recife. Participou de 63 peças teatrais, 10 filmes e
dirigiu 21 espetáculos.
Em 1941, atuou numa apresentação teatral beneficente Noite de Estrelas. Logo depois
estreou na peça Primerose, de Robert de Flers e Gaston de Caillavet, com direção de
Valdemar de Oliveira. Em 1944, já no Teatro de Amadores de Pernambuco (TAP), com
participação do diretor polonês Zigmunt Turkow, participou da montagem de A Comédia
do Coração, de Paulo Gonçalves.
No grupo TAP, teve a oportunidade de ser dirigida por artistas nacionais e
estrangeiros de renome como Zbigniew Ziembinski, Graça Melo, Flamínio Bollini
Cerri, Bibi Ferreira, Luís de Lima, entre outros.
Em 1968, foi designada pelo Ministério da Educação e Cultura (MEC) para coordenar a
equipe do Sistema Nacional de TV e Rádio Educação e dar início a um programa
pioneiro em Pernambuco de aulas teatralizadas para o rádio.
Teve pouca atuação no cinema, tendo no currículo participado do primeiro filme
pernambucano falado: O Coelho Sai, de Firmo Neto (1939). Em 1983 foi convidada
por Tizuka Yamazaki para fazer o filme Parahyba Mulher Macho. Já em 1997 foi
convidada por Paulo Caldas e Lírio Ferreira a atuar no filme Baile Perfumado.
Sua primeira aparição na TV aconteceu em 2004, na novela Da Cor do Pecado, de João
Emanuel Carneiro, produzida pela TV Globo. Depois, voltou a trabalhar com o autor
na novela A Favorita, no papel de Angelina, mãe do cínico Silveirinha
(Ary Fontoura).
Ao completar 80 anos de idade, em 2002, fez uma temporada no Rio de Janeiro, na
Casa de Cultura Laura Alvim, com o espetáculo 2 em 1, no qual encena e assina
Solilóquios de Yerma, uma adaptação reduzida de Yerma, de Federico Garcia Lorca
e O Marido Domado, peça criada especialmente para ela por Ariano Suassuna,
inspirada em A Megera Domada, de William Shakespeare.
Também aos 80 anos foi homenageada com a peça Geninha, 80 anos? Não
acredito, de Fernando de Oliveira.
Recebeu várias vezes os prêmios de “Melhor Atriz” e “Melhor Diretora”, e é conhecida como
a “Grande Dama do Teatro Pernambucano”.
Ocupou a Cadeira 33 da Academia de Letras e Artes do Nordeste.
A atriz e diretora faleceu de causas naturais, em casa, na Zona Norte do Recife, dois
dias após o aniversário centenário, e deixa quatro filhos e um legado estimado para
as artes.
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