Estava passando pelo JP e fui ler “Habitação”. Pensei já tê-lo lido, mas não sei
porque me pareceu tão novo... Tão profundo como os mares nunca dantes (com o perdão
do lugar comum – confuso?). Bem, fui lendo-lendo e de ir-indo tanto fui gostando.
Identifiquei-me em cada linha, cada palavra e inda mais nos olhos que anos a fio
também moro neles. E não precisam reformas! E cheguei ao trecho (por que cargas
d'água todos teus poemas dizem coisas????). O trecho:
“desta vez
'mulher',
sou tua 'mãe'.
Pousa, amor,
te esbalda na cavilha deste peito-pulso
que pulso de pulsar te estremece:
teus dentes, tua-inteira, toda-tua,
tua cara, teus cabelos, tua pele – tudo – e alma;
deixa-te cair neste infinito-agora.”
Fiquei zonza. Que tens de bruxo?
“E se dormires
recobrirei respeitosamente a tua nudez,
que é só tua –
pausadamente, pousa
o hálito
na cavilha deste peito largo:
dorme, amor,
sossega,
da
tua
nudez – sossega –
que da aurora,
vigilante
eu tomo conta.”
Sinto falta do tempo futuro – do dia que virá, do Menino, de Ésquilo – será que
ainda virá? Preciso sossegar minha nudez, preciso entregar minha alma, SF, sem
medo, nas mãos que a saberão vigiar. Sei que sinto saudades de mim. Babi