Alguma notícia do poeta (Wikipedia)
H. Dobal (pseudônimo de Hindemburgo
Dobal Teixeira, Teresina, 17
de outubro de 1927 -
Teresina, 22
de maio de 2008)
foi um poeta brasileiro,
participante do Grupo
Meridiano, de repercussão no Piauí,
e pertencente cronologicamente à Geração
de 1945 da
literatura brasileira, embora diferindo levemente
destes no trabalho inovador com oritmo,
em algumas inovações no trato com as palavras, e
também quanto ao rigor formal. Ele foi casado com
Maria Creusa Madeira Dobal Teixeira e teve 3 filhos;
Márcio, Luciano e Susana a mais nova.
Nasceu no dia 17 de outubro de 1927, na cidade de
Teresina, capital do estado do Piauí.
Além de poeta, foi cronista e professor, tendo
formação de bacharel em Direito (1952), pela
Faculdade de Direito do Piauí. Destacou-se como um
dos fundadores do Movimento
Meridiano, atuando como diretor da revista de
mesmo nome, revista Meridiano, que, de acordo com o
crítico literário e antologista Assis Brasil, foi um
porta-voz dos modernos escritores piauienses[1] em
meados do século XX. Funcionário público concursado,
aposentou-se como auditor fiscal do Tesouro
Nacional. Trabalhou no Rio de Janeiro e Brasília,
passou por períodos de formação em Londres e Berlim.
Segundo o crítico literário Francisco
Miguel de Moura, H. Dobal começou a repercutir
seu nome nacionalmente ao publicar na imprensa
literária do Rio de Janeiro, participando da Antologia
dos Poetas Bissextos Contemporâneos, organizada
em 1964 (2ª
edição) por Manuel
Bandeira.[2] Publicou
seu primeiro livro, O
Tempo Conseqüente, em 1966 e com a segunda obra, O
Dia Sem Presságios (1970),
conquistou o Prêmio
Jorge de Lima, do Instituto Nacional do Livro.
Sobre O Tempo Conseqüente, já dizia Manuel Bandeira:
“Poeta ecumênico, chamou Odylo a Dobal no seu tão
belo e compreensivo estudo apresentando o novo
poeta. Mas eu prefiro dizer o poeta total, o poeta
por excelência ... Só mesmo um poeta “ecumênico”
como Dobal podia fixar a sua província com expressão
tão exata, a um tempo tão fresca e tão seca,
despojada de quaisquer sentimentalidades, mas rica
do sentimento profundo, visceral da terra.”[3]
Pertencia à Academia Piauiense de Letras.
H. Dobal faleceu em Teresina, no dia 22 de maio de
2008.
- O Tempo
Conseqüente (1966)
- O Dia Sem
Presságios (1970)
- A Viagem
Imperfeita (1973)
- A Província
Deserta (1974)
- A Serra Das
Confusões (1978)
- A Cidade
Substituída (1978)
- Os Signos E
As Siglas (1986)
- Uma
Antologia Provisória (1988)
- Um Homem
Particular (1987)
- Cantiga De
Folhas (1989)
- Roteiro
Sentimental E Pitoresco De Teresina (1992)
- Ephemera (1995)
- Grandeza E
Glória Nos Letreiros De Teresina (1997)
- Lírica (2000)
- Gleba dos
Ausentes * Uma
Antologia Provisória (2002)
Referências
-
Ir para cima↑ A
Poesia Piauiense no Século XX:
(Antologia) / organização, introdução e
notas de Assis Brasil. – Rio de Janeiro:
Imago Ed.; Teresina, PI: Fundação Cultural
do Piauí, 1995.
-
Ir para cima↑ Moura,
Francisco Miguel de. Literatura do Piauí,
1859 – 1999, Francisco Miguel de Moura; Ed.
Academia Piauiense de Letras – convênio com
o Banco do Nordeste: Teresina, 2001.
-
Ir para cima↑ Dobal,
H. O
Tempo Conseqüente. Teresina: Corisco,
2001.