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Hugo Pontes
Comentário de Psi, a penúltima:
Psi, a penúltima, Ed. Papel em
Branco, Salvador, 1997.
"Nada define melhor a sensação se
abrir um Feitosa: a poesia invade! Nosso multinordestino — Ceará/
Pernambuco/ Bahia — erigiu um novo patamar literário e arte o
abençoou."
Aproveito o comentário feito na
orelha do livro, por Antônio
Massa, para dizer, que o poeta Francisco José Soares Feitosa é, sem
dúvida, um nome na poesia brasileira por ser ousado, criativo e
inovador.
Sua obra ganha dimensão do
universo pelos variados temas que aborda com propriedade e numa
linguagem poética que vai do lírico ao épico.
Sem dúvida, na atualidade, Soares
Feitosa torna-se pelo poder da palavra — que tão bem sabe manejar —
e competência própria o poeta da terra e da gente nordestina.
Vejam esta amostra:
Strip-tease
Jamais eu
ficaria quieto
sob o teu olhar;
que muito
menos quietos,
no direito de ir e vir,
sobre o
teu corpo,
seriam os meus olhos lívidos.
Porque
sobre mim,
bastam os sons
dos
teus vestidos:
já me desvestem a alma.
[Coluna Comunicarte, Poços de
Caldas, MG, 14.8.1997]
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