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Gilson Nascimento
A poesia de
Soares Feitosa
Prezado Soares Feitosa
Chegou-me, com seu gentil autógrafo, Psi,
a Penúltima. Como o José Bonifácio Câmara, meu colega de infância e
bibliófilo especializado em autores cearenses, já havia feito
referência ao seu primeiro livro, aliás de belíssimo aspecto
gráfico, mais que depressa, mergulhei na leitura.
Corri os olhos pelo seu interessantíssimo
Prólogo, depois passei à Aparição da Poesia, do Gerardo Mello Mourão
e, sem perda de tempo, embrenhei-me. E ainda sob o impacto da emoção
que me causaram os poemas iniciais, entre os quais estão Perdidos &
Achados (o belo-simples, a poesia sem atavios) e Antífona, para o
qual não tenho palavras, deparei-me no jornal O Globo, de sábado
último (26.04.97) com o artigo do crítico Wilson Martins, uma
autêntica apoteose.
Confesso-me, desde já, encantado com o que
ali até agora, porque, nordestino autêntico, profundamente telúrico,
sinto arrepios de emoção à leitura de poesia que, como a sua, na
linguagem, no jeito de dizer, na força e na fidelidade descritivas,
vem impregnada do cheiro inconfundível da terra e da gente
nordestinas.
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